Portal diz que apuração sobre ações após ataque do Hamas aponta que brasileira mentiu

Rafaela Triestman fez acusações contra o governo brasileiro, em mensagem ao lado de chanceler israelense
Israel Katz e Rafaela Triestman: segundo portal, medidas adotadas pelo governo brasileiro desfazem versão de brasileira de que não houve ajuda. (Foto: Reprodução/X)

A brasileira Rafaela Triestman, 20, mentiu ao dizer, ao lado do chanceler israelense, Israel Katz, que o Brasil não ofereceu ajuda para as vítimas dos ataques de 7 de outubro em Israel, quando militantes do Hamas invadiram um festival de música e mataram pessoas, ferindo várias outras.

O vídeo, postado na conta oficial de Katz, foi mais uma tentativa de obrigar o governo do presidente Lula a pedir desculpas por conta das críticas contundentes do chefe de Estado brasileiro à guerra genocida de Israel na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 29 mil mortos.

O governo brasileiro avisou que Lula não irá se retratar.

Apuração do 247 sobre os procedimentos adotados pelo Itamaraty revela que a mentira de Rafaela não tem como se sustentar.

Confira abaixo cada uma das ações tomadas pelo Ministério das Relações Exteriores após os ataques do Hamas:

No dia 08/10, a Embaixada do Brasil em Tel Aviv disponibilizou formulário eletrônico em sua página oficial, para facilitar comunicação com os brasileiros que se encontravam em Israel;

A Embaixada procurou órgãos de governo israelense e a INTERPOL para confirmar informações sobre brasileiros que pudessem ser vítimas dos ataques;

A Embaixada manteve contato direto com familiares e amigos próximos de todos os brasileiros vitimados pelo ataque, inclusive de Ranani Glazer;

A Embaixada foi representada no funeral de Ranani Glazer por funcionário;

Não há registros de nenhum pedido de apoio formulado à Embaixada pela senhora Rafaela Triestman, além da consulta sobre aspectos jurídicos sobre indenização oferecida pelo governo israelense;

O embaixador Frederico S. Duque Estrada Meyer compareceu, em 10/10, ao velório da brasileira Bruna Valeanu;

O nacional Rafael Zimerman, amigo de Ranani, citado no referido vídeo, foi incluído em operação de repatriação, em 22/10, no oitavo voo que partiu de Tel Aviv;

A binacional Jade Kolker, também mencionada pela senhora Triestman, foi contatada pela Embaixada e incluída no segundo voo de repatriação, com partida realizada em 11/10.

Desde 10 de outubro de 2023, 1.560 brasileiros e familiares próximos que se encontravam em Israel ou na Palestina e que manifestaram intenção de partir foram retirados da região pelo governo brasileiro, por meio de gestões políticas com Tel Aviv, Ramala e Cairo.

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