Depois de ataques com mísseis contra o território ucraniano em uma região próxima à fronteira com a Polônia, as Forças Armadas do país decidiram, nesta quarta-feira (07), posicionar aeronaves para monitorar as movimentações dos russos.
A Rússia bombardeou diversas regiões da Ucrânia nesta quarta, entre elas a capital do país, Kiev — que recebe Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia (UE).
Ao todo, até o momento, os ataques aéreos deixaram quatro mortos e 19 feridos.
No entanto, o alerta do governo polaco acendeu após um dos mísseis balísticos russos chegarem à parte ocidental da Ucrânia, em Lviv, que registrou um incêndio.
Esse território faz fronteira com a Polônia.
A cidade ucraniana de Lviv faz fronteira com a Polônia
O país ainda informou que já pôs em prática “todos os procedimentos necessários para garantir a segurança do espaço aéreo polaco”.
Os militares seguem monitorando a região.
“Gostaríamos de informar que está sendo observada a intensa atividade de aviação da Federação Russa relacionada a ataques de mísseis no território da Ucrânia”, diz trecho de comunicado do Comando Operacional das Forças Armadas polacas.
Além disso, as autoridades polonesas alertaram para o “aumento de níveis de ruído”, em especial, no sudeste do território do país.
Polônia preparada para confronto com a Rússia
Na última segunda (05), o ministro da Defesa polaco, Władysław Kosiniak-Kamysz, afirmou que o país se prepara para travar uma possível guerra contra a Rússia, caso o país supere a Ucrânia e decida expandir o conflito com integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
“Assumo todos os cenários e levo mais a sério os piores”, declarou ao jornal Super Expressa quando foi questionado sobre uma possível agressão russa.
“É preciso estar preparado para cada cenário”, disse Kosiniak-Kamysz.
Mariana Andrade