Pix por Aproximação começa a virar realidade antes do lançamento geral

Bancos e fornecedores de maquininha anunciaram pilotos para que parcela dos clientes possa testar o recurso
As estreias do Pix por Aproximação das instituições financeiras são os primeiros passos para o lançamento geral da tecnologia, prevista para fevereiro de 2025 pelo Banco Central. (Foto: reprodução)

O Pix por Aproximação está previsto para ser lançado pelo Banco Central (BC) apenas em 2025, mas algumas instituições financeiras já começaram a implementar a tecnologia em seus sistemas.

Atualmente, tanto bancos quanto fornecedores de maquininhas anunciaram pilotos para que uma parcela de clientes possa testar o recurso antes da estreia geral.

O Banco do Brasil (BB) divulgou planos antecipados para oferecer o Pix por Aproximação aos seus clientes.

Na semana passada, o banco lançou o piloto para um público selecionado fazer transferências com maquininhas modelo LIO On da Cielo.

A estimativa é que o serviço seja expandido para que todas as pessoas com celular Android e app atualizado possam utilizar o serviço ao fazer pagamentos.

Por outro lado, a oferta do pagamento via NFC com a modalidade do BC em máquinas LIO On é exclusiva para clientes do BB que usam celulares Android nesse primeiro momento.

Em nota à reportagem, a Cielo disse que “eventuais novas parcerias serão comunicadas em seu devido tempo”.

Em julho, a Rede também anunciou que iria habilitar o serviço em suas maquininhas a partir de outubro, tornando os terminais de pagamentos prontos para o uso da tecnologia.

Contudo, ainda não há informações sobre a disponibilidade da modalidade nas contas do Itaú.

Ao Canaltech (responsável por esta reportagem), o Santander informou que vai lançar um projeto piloto, previsto para começar em meados de novembro e para ser encerrado em fevereiro de 2025, quando o lançamento geral está previsto.

O recurso estará disponível “para um público restrito e estratégico” nesse primeiro momento.

Em desenvolvimento

Outras instituições financeiras se preparam para oferecer o Pix por Aproximação no futuro, como a Caixa.

O banco estatal explicou em nota que vai acompanhar o cronograma do BC e que o recurso será disponibilizado aos seus clientes em 2025.

Em conversa com o CT, o Head de Estratégia de Negócios Regulados do Mercado Pago, Felipe Soria, afirmou que a estratégia de lançamento “está sendo cuidadosamente planejada”.

“Vamos acompanhar o lançamento da funcionalidade em 2025, seguindo as diretrizes regulatórias, e comunicaremos ao mercado oportunamente quando estivermos prontos para disponibilizar a funcionalidade para os nossos clientes”, informou.

Já o Nubank pontua que toma “todos os passos necessários para garantir que seus clientes contem com a possibilidade de realizar operações de Pix por aproximação dentro do prazo previsto na regulação”.

O PicPay, por sua vez, explicou que, através da Jornada sem Redirecionamento via Open Finance, os usuários já podem realizar pagamentos via Pix diretamente pela Carteira do Google.

Contudo, a fintech ainda não disponibiliza o Pix por Aproximação aos seus clientes.

Procurados, Bradesco, BTG Pactual, C6 Bank, Inter e PagBank não compartilharam os seus planos sobre a estreia do Pix por Aproximação antes do prazo estipulado pelo Banco Central.

Lançamento previsto para 2025

As estreias do Pix por Aproximação das instituições financeiras são os primeiros passos para o lançamento geral da tecnologia, prevista para fevereiro de 2025 pelo Banco Central.

Com a novidade, a autoridade monetária garante um meio para expandir as transações com a modalidade.

Esse alcance maior seria garantido pela facilidade para utilizar o Pix sem ter que digitar uma chave ou fazer a leitura de um QR Code com a câmera do celular.

No lugar, basta levar o celular até o terminal de pagamento e aguardar a conclusão da transação, como ocorre com os cartões compatíveis com NFC.

Além disso, a nova modalidade tende a ser compatível com carteiras digitais, como o Apple Wallet, Carteira do Google e Samsung Wallet.

Dessa forma, o cliente poderia fazer as transações sem ter que abrir o app do banco e passar por todo processo de autenticação antes de fazer o pagamento.

Apesar da expectativa, Apple, Google e Samsung não se manifestaram sobre o assunto após o contato realizado pela reportagem.

Bruno De Blasi — Canaltech

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