PF marca novo depoimento de Mauro Cid para dia 11 de março

Colunista diz que depoimento de general, confirmando dados de Cid, foi considerado por ministro do STF “mais valioso”
General Freire Gomes e Mauro Cid: para ministro do STF, revelações do ex-chefe do Exército foi "mais valioso do que uma delação, porque contém revelações de uma testemunha, não de um criminoso à procura de benefício judicial." (Foto: reprodução)

A PF (Polícia Federal) marcou novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Mauro Cid vai ser ouvido na próxima segunda-feira (11).

A informação foi confirmada pelo advogado Cezar Bitencourt, que representa o tenente-coronel. Segundo a defesa de Mauro Cid, o horário marcado foi às 14h.

Segundo a Folha de S.Paulo, o plano incluía uma minuta para reverter a eleição de Lula. Freire Gomes também teria citado o ex-presidente como o responsável pela manutenção dos acampamentos golpistas em Brasília.

Bolsonaro pediu acesso ao depoimento de Freire Gomes.

Os advogados do ex-presidente dizem que é “imperioso” que a defesa tenha acesso ao conteúdo das audiências do ex-chefe do Exército e de Carlos Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica.

No STF, a avaliação é de que o depoimento de Freire Gomes complica Bolsonaro.

Segundo o colunista do UOL Josias de Souza, um ministro da Suprema Corte disse que o ex-chefe do Exército relatou foi “é melhor e mais valioso do que uma delação, porque contém revelações de uma testemunha, não de um criminoso à procura de benefício judicial.”

Para esse ministro, o resultado da audiência “consolidou o quadro probatório”.

O integrante do STF, que acompanha as investigações de perto, disse ainda que as informações prestadas por Freire Gomes deram “consistência” a provas que já eram “sólidas”.

Caíque Alencar — FOLHAPRESS

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