Uma permanência passiva e outra ativa.
A primeira: continua em sete o número de assinaturas de vereadores que apoiam a abertura da Comissão Especial de Inquérito (CEI) na Câmara para investigar a Braskem, em particular após o colapso da mina 18.
Com maioria na Câmara, o prefeito JHC (PL) conta com sua bancada para fazer com que a CEI continue onde está: no papel.
Mas, será que os vereadores vão encarar o desgaste representado por não investigar um assunto de tamanha importância em pleno ano eleitoral?
A aprovação da verba destinada à Beija-Flor, que passou na Câmara, é coisa do passado – devem imaginar.
Assim como o concurso de bumba-meu-boi que quase não se realizava.
Mas, ao contrário desses outros temas, com os quais alguns vereadores devem apostar na memória curta do eleitor, com o caso das minas da Braskem, aparentemente, o problema está apenas começando.
A segunda: a permanência ativa.
Ou o empenho de vereadores que defendem a CEI para conseguir mais apoio – assinaturas – e fazer a investigação sair do papel.
Apesar do recesso parlamentar, a mobilização continua.
Como noticiado neste espaço, semana passada, para o pressionar integrantes da bancada mais numerosa na Câmara – a do MDB –, o caminho tem sido via legenda.
O próprio presidente da Mesa diretora da Câmara, vereador Galba Netto (MDB), recebeu notificação do partido, que em Maceió, tem à frente o deputado federal Rafael Brito (MDB), “para que alinhe sua atuação política às deliberações do partido”.
É o que o MDB tem como dirigente mor em Alagoas um dos maiores opositores da aliança política em que está o prefeito: Renan Calheiros, adversário de Arthur Lira, senador Rodrigo Cunha e do prefeito.
O mecanismo de ativar o efeito legenda, neste momento, está sendo usado para obter o apoio de dois filiados que ainda não assinaram o documento propondo a criação da CEI: a vereadora Silvania Barbosa e o vereador Brivaldo Marques.
E existe a possibilidade de os apoiadores da CEI conseguirem a assinatura do vereador Samy Malta (PSD).