Perdão de multa para partidos une do PT ao PL; veja como cada senador votou

Por acordo, proposta foi para segundo turno de votação, imediatamente, sem a exigência do prazo de cinco sessões
Plenário do Senado: governo liberou a bancada; já a oposição orientou o voto a favor da medida. (Foto: reprodução)

Governistas e oposicionistas deram um tempo na disputa política e se uniram para aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC 9/2023) que perdoa as multas aplicadas aos partidos que descumpriram a aplicação mínima de recursos em candidaturas de pretos e pardos nas eleições passadas.

O governo liberou a bancada; já a oposição orientou o voto a favor da medida.

No plenário, em primeiro turno, foram 51 votos a favor e 15 contrários.

Eram necessários ao menos 49 votos.

Por acordo, a proposta foi submetida ao segundo turno, imediatamente, sem a exigência do prazo de cinco sessões.

Desta vez, foram 54 votos favoráveis e 16 contrários.

As siglas que tiveram as prestações de contas negadas terão anistia.

O texto também permite uso do Fundo Eleitoral para pagar multas da Justiça Eleitoral.

Além disso, concede “imunidade tributária” aos partidos e federações e inclui as agremiações partidárias na lista de instituições que não pagam impostos no Brasil.

Os partidos políticos pressionavam pela aprovação do texto para poder regularizar sua situação na Justiça eleitoral.

O período oficial de campanha começa nesta sexta-feira (16).

Segundo a ONG Transparência Partidária, a medida pode ter impacto de até R$ 23 bilhões sobre os cofres públicos.

Veja como os senadores votaram em primeiro turno, por estado:

A favor

Alan Rick (União-AC)

Marcio Bittar (União-AC)

Sérgio Petecão (PSD-AC)

Rodrigo Cunha (Podemos-AL)

Davi Alcolumbre (União-AP)

Eduardo Braga (MDB-AM)

Angelo Coronel (PSD-BA)

Jaques Wagner (PT-BA)

Otto Alencar (PSD-BA)

Augusta Brito (PT-CE)

Izalci Lucas (PL-DF)

Leila Barros (PDT-DF)

Fabiano Contarato (PT-ES)

Vanderlan Cardoso (PSD-GO)

Wilder Morais (PL-GO)

Bene Camacho (PSD-MA)

Weverton (PDT-MA)

Jayme Campos (União-MT)

Nelsinho Trad (PSD-MS)

Soraya Thronick (Podemos-MS)

Tereza Cristina (PP-MS)

Castellar Neto (PP-MG)

Sergio Moro (União-PR)

André Amaral (União-PB)

Daniella Ribeiro (PSD-PB)

Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)

Beto Faro (PT-PA)

Jader Barbalho (MDB-PA)

Fernando Dueire (MDB-PE)

Humberto Costa (PT-PE)

Ciro Nogueira (PP-PI)

Jussara Lima (PSD-PI)

Marcelo Castro (MDB-PI)

Carlos Portinho (PL-RJ)

Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

Romário (PL-RJ)

Flávio Azevedo (PL-RN)

Luiz Carlos Heinze (PP-RS)

Confúcio Moura (MDB-RO)

Marcos Rogério (PL-RO)

Dr. Hiran (PP-RR)

Mecias de Jesus (Republicanos-RR)

Beto Martins (PL-SC)

Esperidião Amin (PP-SC)

Jorge Seif (PL-SC)

Laércio Oliveira (PP-SE)

Rogério Carvalho (PT-SE)

Marcos Pontes (PL-SP)

Eduardo Gomes (PL-TO)

Irajá (PSD-TO)

Dorinha Seara (União-TO)

Contra

Fernando Farias (MDB-AL)

Renan Calheiros (MDB-AL)

Eduardo Girão (Novo-CE)

Damares Alves (Republicanos-DF)

Magno Malta (PL-ES)

Ana Paula Lobato (PDT-MA)

Rosana Martinelli (PL)

Cleitinho (Republicanos-MG)

Flávio Arns (PSB-PR)

Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)

Styvenson Valentim (Podemos-RN)

Hamilton Mourão (Republicanos-RS)

Paulo Paim (PT-RS)

Jaime Bagattoli (PL-SC)

Mara Gabrilli (PSD-SP)

No segundo turno, além dos senadores acima, também votaram a favor da proposta Lucas Barreto (PSD-AP), Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Margareth Buzetti (PSD-MT).

Já o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) votou contra a PEC.

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