O deputado federal Paulão (PT) tem usado as redes sociais para republicar as peças publicitárias do governo federal.
A exemplo do que ocorre com cada gestão – seja em que esfera for do governo: estado, município ou União –, a marca muda, o slogan muda e a publicidade, idem.
O que chama a atenção, no entanto, é o tom realístico das peças, que se afastam do ufanismo de mostrar canteiros de obras, instalações hospitalares tinindo de belas e crianças sorrindo em salas de aula.
No lugar disso, ambientes residenciais e em peças começando – das que foram apresentadas – geralmente com clima de crise familiar.
Aliás, a ambientação lembra a das novelas no que falam das famílias humildes e dos ambientes populares, tão presentes quanto o dos ricos – sejam antagonistas ou não.
E onde entra a realização?
No que o governo procura passar – para usar o termo atual: a narrativa.
Pessoas que melhoraram de vida, seja por um novo emprego ou por entrar na faculdade, em curso conceituado.
Interpretação (o que chamamos de moral da história): o país – e o segmento preferencialmente focado pelo, os trabalhadores, os pobres – saiu de uma conjuntura adversa para outra, positiva, de inclusão.
E para fazer referência a uma crítica feita ao atual – e bastante ironizada por seus apoiadores: foi sorte, muita sorte.
Mas, como coloquei em comentário em postagem de um perfil de noticioso em rede social, que ironizou essa crítica: como diz frase atribuída a Thomas Jefferson (apesar da contradição de ser contra a escravidão e possuir mais de 180 escravos), um dos heróis dos EUA – que teria dito que “quanto mais trabalho, mais eu tenho sorte”.