Pastor da fala “arrebentar mandíbula do Lula” diz ter recebido ligações da PF

Anderson Silva alegou aos policiais federais que sua fala foi uma "metáfora" e disse não ter incitado crime algum
Ministro Flávio Dino e pastor Anderson Silva: dirigentes evangélico alegou aos policiais federais que sua fala sobre o presidente da República foi uma "metáfora" e disse não ter incitado crime algum; para o ministro, fala foi criminosa. (Foto: reprodução)

O pastor evangélico Anderson Silva, da igreja Vivo por Ti, de Brasília, relatou ter recebido uma ligação da Polícia Federal após ter pedido, durante uma live com o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL–MG), que Deus “arrebentasse a mandíbula” do presidente Lula (PT).

A informação é da CNN Brasil.

Por meio de seu perfil no Instagram, na última sexta-feira (26), Silva afirmou ter recebido duas ligações de policiais federais, mas negou que tenha cometido qualquer crime: “falei para o delegado que eu não incitei crime contra ninguém. Eu não desacreditei as instituições, por mais que não creia na maioria delas, e citei Bíblia como um pastor: Salmos Capítulo 2, Salmos Capítulo 3, Salmos Capítulo 58, e Apocalipse 2:22”.

Ele alegou que a fala referente a Lula se tratava de uma metáfora: “a mandíbula é uma linguagem metafórica do salmista, né? A mandíbula é onde o opositor te dá a mordida, então o salmista clama a Deus, para que Deus lide com a autoridade que o opositor tem. Não incitei violência contra absolutamente ninguém”.

Durante a live com Nikolas, ocorrida em maio de 2023, Silva havia dito, entre outras coisas, para Deus ‘matar meus inimigos e quebrar os dentes deles’.

Confira a transcrição da fala: “a gente precisa crer, cara”.

“Você abriu uma janela aqui”.

“A igreja diz ‘ah, eu estou orando’, mas talvez a gente não está orando na fé, na intensidade da fé”.

“Faltam essas orações em precatórias dos salmistas: ‘Senhor, mata meus inimigos, quebra os dentes dos meus inimigos’; falta a gente orar assim: ‘Senhor, arrebenta a mandíbula do Lula’, ‘senhor, prostra enfermos os ministros do STF para que eles te conheçam no leito de enfermidade”.

Após a repercussão do caso, à época, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que mandaria o caso para a Polícia Federal pois a fala do pastor era “criminosa”.

Brasil 247 citando – CNN

Leia também