O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai trabalhar para derrubar o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões para as eleições municipais, definido no relatório do deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) para o orçamento de 2024.
Segundo Pacheco, a quantia é “um exagero”.
A declaração de Pacheco foi em um café com jornalistas realizado na residência oficial.
O Congresso em Foco (responsável por esta reportagem) foi um dos veículos convidados.
De lá, o presidente do Senado segue para o Congresso, onde deve comandar a sessão mista para a votação do orçamento.
Para Pacheco, a aprovação de um fundo eleitoral próximo de R$ 5 bilhões representa um valor tão alto que acabaria ofuscando a promulgação da reforma tributária.
A aprovação do projeto que redefine o sistema de impostos no Brasil é considerada uma das grandes realizações do Congresso em 2023, com a colaboração dos presidentes das duas Casas e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Acho que R$ 5 bilhões é um exagero”, disse o presidente do Senado.
“Discordo totalmente”, enfatizou.
“Não tem critério”, disse Pacheco aos jornalistas.
“As pessoas não vão compreender. Deveríamos pegar o fundo de 2020 e corrigir [pela inflação]; não são os R$ 900 milhões propostos pelo governo nem os R$ 5 bilhões”.
Segundo ele, isso “dá uns R$ 2,6 bi”.
Edson Sardinha – Congresso em Foco