Pacheco vai tentar derrubar fundo eleitoral de R$ 4,9 bi: “um exagero”

Para presidente do Senado, critério deveria ser usar o valor de 2020 e corrigir pela inflação
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em café com jornalistas na residência oficial. (Foto: reprodução/Pedro França/Agência Senado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai trabalhar para derrubar o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões para as eleições municipais, definido no relatório do deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) para o orçamento de 2024.

Segundo Pacheco, a quantia é “um exagero”.

A declaração de Pacheco foi em um café com jornalistas realizado na residência oficial.

O Congresso em Foco (responsável por esta reportagem) foi um dos veículos convidados.

De lá, o presidente do Senado segue para o Congresso, onde deve comandar a sessão mista para a votação do orçamento.

Para Pacheco, a aprovação de um fundo eleitoral próximo de R$ 5 bilhões representa um valor tão alto que acabaria ofuscando a promulgação da reforma tributária.

A aprovação do projeto que redefine o sistema de impostos no Brasil é considerada uma das grandes realizações do Congresso em 2023, com a colaboração dos presidentes das duas Casas e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Acho que R$ 5 bilhões é um exagero”, disse o presidente do Senado.

“Discordo totalmente”, enfatizou.

“Não tem critério”, disse Pacheco aos jornalistas.

“As pessoas não vão compreender. Deveríamos pegar o fundo de 2020 e corrigir [pela inflação]; não são os R$ 900 milhões propostos pelo governo nem os R$ 5 bilhões”.

Segundo ele, isso “dá uns R$ 2,6 bi”.

Edson Sardinha – Congresso em Foco

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