O Carnaval é uma época propícia para a propagação da mononucleose, conhecida como “doença do beijo”.
Por isso, a infectologista do Hospital Geral do Estado (HGE), Angélica Novaes, orienta sobre os cuidados que os foliões mais “animadinhos” devem ter nos dias de folia.
Angélica Novaes explicou que a mononucleose infecciosa é uma infecção viral que acomete, principalmente, adolescentes e adultos jovens, entre 15 e 25 anos.
A transmissão pode ocorrer por transfusão de derivados de sangue, mas é mais comum por meio do beijo.
“A transmissão é facilitada porque os sintomas podem aparecer em até três dias depois da contaminação”, explica a médica.
“E os mais comuns se parecem com os da gripe, febre, dor de garganta e aumento de linfonodos (conhecidos como gânglios ou ínguas) na região do pescoço”, acrescenta.
“Herpes, sífilis e sapinho, apelido da candidíase oral, também são transmitidos pelo beijo”, acrescenta a médica.
A infectologista do HGE orienta que, ao observar qualquer sinal ou sintoma, é necessário procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível para uma avaliação
A infectologista do HGE orienta que, ao observar qualquer sinal ou sintoma, é necessário procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível para uma avaliação.
Ela explica ainda que só um profissional da área da saúde pode avaliar adequadamente o caso e adotar as medidas para proceder com o diagnóstico e tratamento.
Em sua forma grave, a mononucleose pode levar a complicações neurológica, como encefalite, convulsões, síndrome de Guillain-Barré, neuropatia periférica e meningite viral.
“A falta de diagnóstico e tratamento correto podem levar a graves complicações”, explica a médica.
“Por isso, é necessário primeiro adotar as medidas de prevenção e, após o Carnaval, caso surjam sintomas, procurar a unidade de saúde mais próxima da residência para que um profissional de saúde possa identificar se é mononucleose e adotar as medidas para realizar o tratamento adequado”, enfatiza Angélica Novaes.
Josenildo Torres; repórter: Neide Brandão