Governo Milei não renovará contrato de cerca de 7 mil funcionários públicos

Decreto foi uma das promessas do "Plano Motosserra", anunciado por Milei no começo do mês
Em um dos protestos do último dia 21, homem segura bandeira da Argentina diante do Congresso, em Buenos Aires. (Foto: reprodução/Agustin Marcarian/REUTERS)

O governo de Javier Milei anunciou nesta terça-feira (26) que não irá renovar o contrato de funcionários públicos com menos de um ano de trabalho.

É uma das primeiras medidas colocadas em prática no “Plano Motosserra”, um pacote de ajuste fiscal anunciado pelo presidente Milei em 12 de dezembro, poucos dias após assumir o cargo.

Segundo o porta-voz do governo, Manuel Adorni, serão dispensados cerca de 5.000 funcionários cujos contratos vencem em 31 de dezembro de 2023. Os dois principais jornais argentinos (La Nación e Clarín) e o portal Infobae falam em até 7.000 demissões, citando fontes do governo.

O decreto impede a renovação de contratos de trabalhadores empregados há menos de um ano na administração central do Executivo e em organizações descentralizadas do Estado, além de empresas públicas e corporações de maioria estatal.

Ainda segundo a mídia argentina, não entram nas demissões os trabalhadores que preencham cotas para pessoas trans e deficientes previstas por lei.

Exceções poderão ser acrescentadas caso os responsáveis ​​por cada área exijam que os contratados após 1º de janeiro de 2023 permaneçam em seus cargos — limitado a 90 dias de extensão contratual. Para isso, deverão justificar cada caso perante o Chefe de Gabinete e não poderão prorrogar o contrato sem consulta.

O Clarín informou ainda que o governo estuda um congelamento salarial e até redução salarial de 15% para altos funcionários públicos.

O movimento faz parte do “Plano Motoserra”, que é um pacote de ajustes fiscais anunciados no início do mês. A intervenção de Milei prevê ainda a desvalorização do peso, a redução de subsídio e o cancelamento de licitações.

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