A nova transmissora do sinal da Globo em Alagoas começa a operar em 1º de janeiro de 2024 e a confirmação vem da própria Globo.
A emissora da família Collor teria tentado fazer com que o contrato que lhe permite retransmitir o sinal ainda mais cobiçado na tv aberta, no Brasil, não fosse encerrado.
Como já vinha sendo noticiado, a Globo decidiu não renovar o contrato de afiliação com a emissora do grupo de comunicação que hoje tem como sócio majoritário Fernando Collor por diversas razões – parte delas relacionado ao desgaste da imagem da emissora local.
Desgaste esse que resvala na própria Globo – e a televisão dos Marinho não admite.
Porém, o ápice foi o uso das empresas de Collor no esquema de corrupção pelo qual ele foi condenado pelo STF.
E ao contestar as pretensões das empresas de Collor – de continuar sendo “a Globo em Alagoas” –, os advogados da Rede alegaram que a justiça estadual de Alagoas não sequer o lugar competente para discutir essa questão: este seria a justiça fluminense – já que ambas as partes concordaram em ser o Rio de Janeiro o foro para decidir questões pendentes no contrato entre as duas empresas.
A exemplo do que se dá com qualquer contrato, as partes definem a justiça de algum lugar como sendo a competente para resolver pendências.
E nos casos de relações dessa natureza, como o de uma matriz com uma filial, o foro competente é sempre o do local onde se encontra a sede da primeira.
Oficialmente, o contrato entre a TV Gazeta e a Rede Globo expirou em 2019, mas, em 2020, a emissora carioca aceitou fazer um aditivo, ou seja, manter o contrato com a TV Gazeta; mesmas posições adotadas nas três ocasiões seguintes em que a relação contratual terminava: 2021, 2022 e a última vez, este ano.
Desta vez, não houve apelação – daí a manobra da direção das empresas de tentar, pela via judicial, manter o contrato com a Globo.
É que as empresas de Collor, ao pedirem à Justiça para permanecer com o sinal, mesmo tento encerrado a vigência, fizeram o pedido à 10ª Vara Cível da comarca de Maceió, onde corre o processo de recuperação judicial em que o grupo de comunicação que já foi o pujante em Alagoas hoje tenta evitar a falência.