A Noruega anunciou a doação de R$ 245 milhões para o Fundo Amazônia.
O pagamento foi anunciado em painel da COP-28 com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
“A Noruega acha o Fundo Amazônia muito atrativo por motivos especiais. O Brasil está produzindo o reflorestamento, mostra isso com clareza, e a gente dá uma recompensa por isso”, disse o ministro norueguês do Clima e Meio Ambiente, Andreas Bjelland Eriksen.
A Noruega não investia no Fundo Amazônia desde 2018.
“Vamos se honestos. Nós deixamos alguns anos difíceis para trás, com uma pausa no pagamento do Fundo Amazônia desde 2018”, disse o ministro.
“Agora, como reconhecimento de resultados das fortes ambições do Brasil, estou muito feliz de anunciar que nós vamos recomeçar”, afirmou Eriksen.
Painel marcou a comemoração dos 15 anos do Fundo Amazônia.
A iniciativa é gerida em conjunto pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e pelo Ministério do Meio Ambiente.
Aporte é uma “demonstração de confiança”, disse a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
“Este anúncio renova os compromissos da Noruega e é demonstração da confiança de que, com o governo Lula, retomamos o enfrentamento ao desmatamento, depois de quatro anos em que o Fundo Amazônia ficou paralisado”, afirmou.
Fundo Amazônia também recebeu outras doações
Com o anúncio da Noruega, montante soma aproximadamente R$ 1,1 bilhão. O Fundo Amazônia também recebeu aporte suplementar de R$ 215 milhões pelo Reino Unido durante a cúpula. Neste ano, também anunciaram aportes a União Europeia (R$ 110 milhões) e a Dinamarca (R$ 105 milhões).
Em 2023, o fundo ainda recebeu R$ 110 milhões do governo da Alemanha, e assinou contrato para a entrada de cerca de R$ 500 milhões do governo britânico, além de R$ 30 milhões do governo suíço e R$ 15 milhões dos Estados Unidos.
O ano de 2023 se destacou pela reestruturação do Fundo Amazônia e de suas estruturas operacionais e institucionais. Houve a reedição do decreto que institui o fundo e determina sua governança, a recomposição do COFA (comitê orientador) e a revisão do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e das Diretrizes e Focos do Biênio aplicáveis ao fundo e das Diretrizes e Focos do Biênio aplicáveis ao fundo.
Caíque Alencar Do UOL*, em São Paulo, citando Agência Estado