Mudanças no PIX: congressista alagoano se diz contrário

Alfredo Gaspar apresenta projeto para suspender mudanças no Pix e pede explicação ao Ministério da Fazenda
Alfredo Gaspar se diz contrário às alterações feitas pela Receita sobre a que é, hoje, uma das maiores responsáveis por transações no país: “assinei como coautor o projeto para suspender essa medida absurda da Receita Federal e pedi explicações ao Ministério da Fazenda; é preciso dar um basta nessa perseguição ao contribuinte honesto”, afirmou. (Foto: reprodução)

O deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil – AL) assinou como coautor, junto com outros deputados, um Projeto de Decreto Legislativo que visa sustar os efeitos da medida.

De acordo com o parlamentar, em comunicado distribuído por sua assessoria de Comunicação Social, a medida se deu “agindo na defesa do cidadão que será afetado pela Instrução Normativa nº 2.219/2024 da Receita Federal, que impõe mudanças relacionadas ao Pix”.

Desde o último dia 1º estão em vigor as alterações da Receita Federal para a fiscalização de transferências financeiras: a principal foi a extensão do monitoramento de transações financeiras às transferências Pix que somam pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas.

“O reforço na fiscalização de transferências via Pix e cartão de crédito não significa criação de impostos, esclareceu a Receita Federal”, diz trecho de material publicado pela Agência Brasil, um dos canais de comunicação oficiais do governo federal.

“Em comunicado, o Fisco desmentiu informações falsas que circularam nas redes sociais nos últimos dias sobre cobrança de imposto para transferências digitais”, conclui o noticioso.

Porém, para o parlamentar alagoano, a medida prejudica os cidadãos.

Ainda conforme seu comunicado, já enviou ao Ministério da Fazenda um pedido de informações cobrando explicações coerentes sobre a mudança.

Segundo Alfredo Gaspar, a medida prejudica os cidadãos de bem e aumenta os custos e a burocracia para pequenas empresas.

“Essa mudança no Pix é só para prejudicar o cidadão de bem”.

“Assinei como coautor o projeto para suspender essa medida absurda da Receita Federal”.

“Também pedi explicações ao Ministério da Fazenda”.

“É preciso dar um basta nessa perseguição ao contribuinte honesto”, afirmou.

O deputado destacou que, embora o combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e às fraudes bancárias seja necessário, o foco de tais ações precisa estar nos verdadeiros corruptos do país.

“Coibir a corrupção, a lavagem de dinheiro e as fraudes bancárias dos grandes sonegadores o governo não mostra interesse, mas perseguir e monitorar o cidadão assalariado é com ele mesmo”.

“O que o Governo Federal está fazendo é mais um ataque à privacidade dos brasileiros, com o estrangulamento cada vez maior da classe trabalhadora com burocracia e custos”.

“Enquanto isso, os bandidos de colarinho branco seguem blindados”, completou.

O Projeto de Decreto Legislativo visa suspender os efeitos da norma até que seus impactos sejam analisados com profundidade e debatidos em um ambiente legislativo transparente.

A medida busca garantir o equilíbrio entre fiscalização, direitos fundamentais e o funcionamento saudável do setor financeiro.

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