MS: indígenas sofrem ataque armado

Denúncia do Conselho Indigenista Missionário: este foi o segundo em três semanas
Segundo o Cimi, a área é uma das poucas que não foi desmatada por fazendeiros. (Foto: reprodução/Tiago Miotto/Cimi)

Um grupo de indígenas do tekoha Pyelito Kue/Mbakara’y sofreu um ataque por seguranças armados.

O crime ocorreu após uma retomada feita na fazenda Cachoeira, em Iguatemi, no Mato Grosso do Sul.

De acordo com representantes do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) na região, o ataque aconteceu tarde do sábado (16).

Na madrugada de sábado, um grupo de cerca de 30 indígenas, entre homens, mulheres e crianças, ocupou uma pequena área de mata no interior da fazenda, que tem o tamanho de 2.387 hectares.

O local fica totalmente sobreposto à Terra Indígena Iguatemipegua.

Segundo o Cimi, a área é uma das poucas que não foi desmatada por fazendeiros. Os indígenas pedem apoio e presença de autoridades federais da região, pois não confiam nas forças de segurança locais e no Departamento de Operações de Fronteira.

Este não é o primeiro ataque sofrido pela comunidade.

Em 22 de novembro, seguranças atacaram os indígenas, além de um jornalista e uma antropóloga que passavam pela região. Na ocasião, cerca de 40 indígenas foram atacados cinco dias após retomarem uma área de mata da fazenda Maringá.

O Correio (responsável por esta reportagem) entrou em contato com a Defensoria Pública da União (DPU), com a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul (DPE– MS) e com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas ainda não teve retorno.

 

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