Morre Sebastián Piñera, ex-presidente do Chile

Acidente com helicóptero aconteceu numa região no sul do país e deixou três pessoas feridas
Ex-presidente do Chile, Sebastián Piñera: em 11 de março de 2010, assumiu um Chile destruído por um terremoto que deixou mais de 500 mortos e muito prejuízo e meses depois, também houve o resgate dos 33 mineiros de Copiapó, que ficaram 70 dias presos. (Foto: reprodução / Rodrigo Garrido – 8.nov.2020 / Reuters)

O ex-presidente do Chile Sebastián Piñera morreu nesta terça-feira (06) em um acidente de helicóptero.

A aeronave caiu no Lago Ranco, no sul do Chile.

Outras três pessoas ficaram feridas.

O ex-presidente tem uma casa na região rural onde aconteceu a queda, que usava durante as férias.

O helicóptero seria de propriedade privada.

A polícia e socorristas foram enviados ao local do acidente.

As condições meteorológicas da região eram ruins na hora do acidente.

Piñera foi candidato da coalizão de centro-direita “Chile Vamos”, vencendo as eleições presidenciais no país sul-americano pela segunda vez em 2017.

Engenheiro comercial com pós-graduação em Economia na universidade de Harvard, foi considerado um dos maiores empresários do Chile.

Foi docente de várias universidades e consultor de organizações como Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Mundial.

Em 1976, trabalhou em um projeto para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Piñera começou a carreira política como senador, em 1990.

Em 2006, disputou a Presidência, ano que Michelle Bachelet ganhou as eleições.

Quatro anos depois, foi Bachelet quem entregou a faixa presidencial a Piñera.

Seu governo foi o primeiro de centro-direita eleito democraticamente desde 1958, segundo informações da CNN Espanhol.

Em 11 de março de 2010, assumiu um Chile destruído por um terremoto que deixou mais de 500 mortos e muito prejuízo.

Meses depois, também houve o resgate dos 33 mineiros de Copiapó, que ficaram 70 dias presos.

Sua popularidade passou por momentos críticos durante o primeiro governo, em parte por protestos estudantis, que demandavam mais acesso ao sistema educacional do país.

Ao fim do primeiro mandato, tinha 50% de aprovação, segundo uma consultoria. Analistas avaliaram que esse nível se deu pela diminuição do desemprego e recuperação da economia, por exemplo.

Com o lema “Tempos Melhores”, tinha a redução do desemprego, crescimento econômico e melhora da qualidade de vida da classe média entre as propostas para o segundo mandato.

Venceu a disputa eleitoral em dezembro de 2017.

Entre 2019 e 2020, o Chile viveu intensos protestos, que começaram contra a alta tarifa do metrô e se desenvolveram na luta por uma nova Constituição, pois a atual remonta à ditadura de Pinochet.

Em 2020, um plebiscito decidiu que uma nova Constituição deveria ser redigida. Entretanto, em 17 de dezembro de 2023, uma nova consulta pública rejeitou a proposta de Carta Magna.

Piñera se casou em 1973 com Cecília Morel e teve quatro filhos.

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