O ex-astro da NFL e ator O.J. Simpson morreu nessa quarta-feira (10), aos 76 anos, vítima de câncer de próstata. Esse tipo da doença, o que mais mata homens, deve dobrar até 2040 no mundo todo, sobretudo devido ao envelhecimento da população, segundo um estudo da The Lancet Comission.
A família de O.J. comunicou o falecimento do ex-jogador, que protagonizou um dos julgamentos mais polêmicos da história dos Estados Unidos, nas redes sociais.
Ele foi acusado de matar a ex-mulher, mas foi inocentado.
O julgamento foi assistido por milhões de pessoas e gerou um debate sobre questões raciais e o sistema judiciário estadunidense.
Conforme divulgou o TMZ, O.J. já estava em tratamento há alguns anos e recebia cuidados paliativos.
Em fevereiro, ele negou que recebia cuidados paliativos, mas não mencionou o diagnóstico de câncer.
Aumento é devido a vários fatores
Segundo o estudo da The Lancet Comission, os casos devem aumentar para 2,9 milhões, representando o dobro dos casos registrados em 2020, que era de 1,4 milhão.
Apesar de ser associado principalmente ao envelhecimento da população, segundo o médico José Eduardo Távora, Coordenador de Urologia e Cirurgia Robótica do Hospital Vila da Serra, esse crescimento não se deve a um só fator, mas vários.
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“Provavelmente [o aumento esteja acontecendo] por questões de alimentação, hábitos de vida, cigarro e uma série de outras coisas”.
“É uma questão multifatorial, não tem uma causa específica”, disse, em entrevista à Itatiaia.
Dentre os alimentos que podem causar a maior incidência do câncer de próstata está a gordura animal, conforme o urologista.
“O que a gente acredita é que a gordura animal possa ser uma das causas do aumento do desenvolvimento do câncer de próstata, uma vez que os asiáticos têm pouco câncer de próstata, porque é uma alimentação baseada em peixes e algas”, afirmou. No entanto, é apenas uma hipótese.
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O câncer de próstata é um tipo de câncer que atinge, em sua maioria, homens de 45 até 80 anos.
A doença pode ser identificada através do exame PSA, que é feito por coleta de sangue e o exame de toque, além da ressonância magnética, que ajuda a detectar a presença do câncer.
É importante relembrar que, quando mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura, já que é um tumor que se desenvolve lentamente.
A doença pode ser tratada com radioterapia, hormonoterapia, quimioterapia e cirurgia.
Morte de O.J. Simpson
O.J. Simpson morreu nessa quarta-feira (10), aos 76 anos, em Las Vegas, durante o tratamento de um câncer.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (11) pela família do ex-jogador de futebol americano, julgado e absolvido pelo assassinato da ex-mulher Nicole Brown Simpson e de Ron Goldman, na década de 1990.
“No dia 10 de abril, o nosso pai, Orenthal James Simpson, sucumbiu à sua batalha contra o câncer”.
“Ele estava cercado por seus filhos e netos”, disse a nota divulgada na conta oficial do ex-atleta da NFL.
“Durante este período de transição, a família dele pede que você respeite seus desejos de privacidade e graça”, encerra o texto.
O.J. estava em tratamento para um câncer de próstata há alguns anos e teria precisado de cuidados paliativos nos últimos meses, conforme divulgado pelo TMZ.
Em fevereiro, ele negou que estivesse sendo submetido a cuidados paliativos, apesar de não ter mencionado o diagnóstico de câncer.
No último ano, ele chegou a mencionar que havia “pegado” um tipo da doença, mas sugeriu que já estava recuperado.
Uma das últimas aparições públicas do ex-atleta foi em janeiro deste ano, quando foi clicado por paparazzi usando uma bengala.
À época do Super Bowl LVIII, no mês seguinte, O.J. apareceu em um vídeo gravado em casa, demonstrando a torcida pelo San Francisco 49ers – que acabou perdendo a final contra o Kansas City Chiefs.
*Com informações de Maria Clara Lacerda
