O deputado federal Paulão (PT) foi às redes sociais para registrar uma nota de pesar pelo falecimento de Adilson Paschoal.
“O Brasil se despede de um ícone da agroecologia”, escreveu o parlamentar, no texto da postagem.
“Adilson Paschoal, aos 82 anos, deixou um legado imensurável”, acrescentou, sob a imagem mais recente do agrônomo.
Além da atuação profissional, conforme os diferentes espaços que destacam, lamentando a perda, Paschoal teve importante e destacada ação de cunho político numa prática hoje inescapável, ao se referir à milenar convivência do ser humano com a terra e seu cultivo, a agricultura.
Apontada como uma das revoluções da humanidade, quando se tornou uma indústria, o cultivo em larga escala exigiu o combate às pragas, o que deu origem à guerra ao que quer que ameaçasse as lavouras.
E isso acabou levando ao uso de pesticidas.
Paschoal se notabilizou pela revolução que encabeçou ao enfrentar esse uso e por cunhar o termo que o define: agrotóxico.
“Consagrado e perseguido por criar o termo ‘agrotóxico’ para se referir aos produtos antes denominados como pesticidas ou defensivos agrícolas, ele sofria de miastenia grave, doença autoimune caracterizada por progressiva fraqueza muscular”, cita página eletrônica do MST.
“Paschoal era parceiro intelectual de Ana Maria Primavesi, engenheira agrônoma pioneira nos estudos e na aplicação da agroecologia no país. Juntos, disputaram com o agronegócio a hegemonia das ideias sobre modelos de produção agrícola”.
“Defendendo o respeito aos ciclos da natureza e aos trabalhadores, os dois conquistaram seguidores fiéis, que espalham e concretizam o legado da agroecologia”, acrescentou a postagem.
“Sua contribuição e a criação do termo agrotóxico moldaram alternativas na produção agrícola”, acrescentou Paulão.
“Descanse em paz, seu impacto é eterno”, finalizou.