Moraes manda prender já condenados por bomba em Brasília

Ministro do STF entendeu o plano – de dezembro de 2022 – tem ligação com os atos golpistas de 8 de janeiro
Tentativa de explosão: todos os condenados já estavam no regime semiaberto, mas, ao determinar a nova prisão, Moraes entendeu que plano ação tem ligação com os atos golpistas de 8 de janeiro. (Foto: reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão dos três homens condenados pela tentativa de explosão de um caminhão-tanque nos arredores do aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022, véspera de Natal.

Com a medida, os acusados George Washington de Oliveira, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza ficarão presos preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado.

A decisão foi assinada na terça-feira (24), e os acusados devem passar por uma audiência de custódia nos próximos dias.

Os três acusados já foram condenados pela Justiça do Distrito Federal.

Em maio de 2023, a Justiça apenou o empresário George Washington a nove anos e quatro meses de prisão.

Alan Diego foi condenado a cinco anos e quatro meses.

As condutas envolvem os crimes de explosão, causar incêndio e posse arma de fogo sem autorização.

Wellington Macedo foi condenado a seis anos de prisão.

Ele foi acusado de expor a integridade física da população mediante uso de explosivo.

Todos já estavam no regime semiaberto.

Ao determinar a nova prisão, Moraes entendeu que a tentativa de explosão tem ligação com os atos golpistas de 8 de janeiro.

Além de terem sido condenados pela Justiça da capital federal, os acusados já foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

“Os meios elegidos foram suficientes para caracterizar grave ameaça, por anunciar catástrofe coletiva com recado persuasivo”.

“Firmada essas premissas, há necessidade de acautelar a ordem pública”, decidiu o ministro.

A Agência Brasil (responsável por esta reportagem) busca contato com a defesa dos acusados.

Segundo a página eletrônica dor órgão de notícias, “o espaço está aberto para manifestação”.

Andre Richter — repórter da Agência Brasil; edição: Valéria Aguiar

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