Moradores dos bairros afetados pelo afundamento fecham Fernandes Lima

Todas as faixas foram bloqueadas pelos manifestantes, no principal corredor de trânsito da cidade
Estimativas de organizadores é levar cerca de 60 mil pessoas: o número aproximado de afetados pelo problema – roteiro inclui Palácio, Assembleia e Tribunal. (Foto: reprodução)

Com faixas e cartazes, moradores dos bairros afetados pelo afundamento do solo em Maceió, deram início a um protesto, por volta das 7h30 desta quarta-feira (6), na Avenida Fernandes Lima, um dos principais eixo da capital.

No início, eles bloquearam uma das faixas. Depois, quando os manifestantes começaram a descer em caminhada em direção ao Palácio dos Martírios, todas as faixas foram fechadas. Agentes do Departamento Municipal de Transporte e Trânsito (DMTT) estão acompanhando a movimentação.

Nas faixas exibidas pelos moradores, frases contra a Braskem, a exploração de sal-gema e a desocupação das áreas afetadas pela mineração que causou o afundamento do solo em cinco bairros da capital.

Além de ex-moradores que tiveram que evacuar os bairros, pessoas que moram na área dos Flexais também participam, pedindo a inclusão no mapa de risco para que possam receber indenizações.

Alguns motoristas voltaram na contramão para tentar fugir do bloqueio. Motociclistas chegaram a pegar a faixa contrária para seguir caminho.

O problema de afundamento do solo em Maceió começou em 2018 e, à medida que foi se agravando, provocou a desocupação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros de Maceió. Somente as famílias que viviam na área de risco direto foram incluídas no programa de compensação financeira da Braskem, empresa responsável pela mineração apontada como a principal causa da a instabilidade no solo.

G1/AL

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