O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, assume o comando do país neste domingo.
O liberal tem o maior apoio eleitoral dos últimos 40 anos de democracia na Argentina.
Ele ficou com 55% dos votos contra o adversário e atual ministro da Economia Sérgio Massa.
Mas, no Congresso, Milei tem apoio de no máximo 30% dos parlamentares, contando os aliados do ex-presidente Macri.
Então, ele vai precisar, de alguma forma, compor com a ala peronista, principal força opositora ao novo governo.
Sem isso, haverá muita dificuldade na aprovação das reformas pretendidas pelo liberal para atingir o equilíbrio nas contas do país.
Entre elas, diminuir o número de ministérios, organismos estatais e a burocracia. Ou seja, reduzir o tamanho do estado.
E as medidas econômicas para o câmbio, o comércio e para os investimentos.
Tudo isso a partir de um cenário em que analistas econômicos, projetam, por exemplo, inflação batendo em 140% em 2023.
E o Indec, o instituto de estatística do governo argentino, apontando 40% da população na pobreza; ou seja, 11 milhões de pessoas.
Para posse de Javir Milei neste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado.
Mas, decidiu enviar à cerimônia o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Isso depois de ser criticado pelo liberal durante a campanha eleitoral argentina.
Outros presidentes confirmaram presença, como os do Paraguai, Uruguai e Equador. Da Europa, o primeiro-ministro da Hungria e o presidente da Armênia.
O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky também estará na posse, além do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre as ausências, estão os presidentes norte-americano, Joe Biden, da Venezuela, Nicolás Maduro, de Cuba, Miguel Díaz-Canel e da Nicarágua, Daniel Ortega.
Oussama El Gahori, repórter da Rádio Nacional – Brasília; Edição: Roberta Lopes / LP