Um acidente na madrugada deste sábado (21) matou 38 pessoas e feriu outras 11 na BR-116, em Minas Gerais.
A maioria das vítimas estava em um ônibus que levava passageiros de São Paulo para cidades da Bahia.
Os moradores da região registraram as chamas provocadas pela explosão.
“É, gente”.
“Acabou de acontecer um acidente gravíssimo aqui na porta de casa”.
“Tem um carro preso lá debaixo da carreta, tinha vítima gritando”, afirma um morador da região em vídeo.
A batida foi às 3h na BR-116, em um distrito de Teófilo Otoni, na região leste de Minas Gerais.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, quando o ônibus e a carreta se cruzaram na BR-116, possivelmente uma pedra de granito que era transportada pela carreta se soltou e acertou o ônibus, que explodiu em seguida.
Um carro, que vinha atrás da carreta, não conseguiu parar e bateu na traseira do veículo de carga.
Até o fim da tarde, não havia informações sobre o motorista da carreta.
Misael Nunes Evangelista, agente da PRF: Até o momento, ele não foi localizado. Mas nós estamos realizando diligências para que ele possa ser encontrado.
Repórter: A polícia considera que ele fugiu do local?
Misael: Até o momento, a gente não pode afirmar isso.
Os corpos foram levados para o IML de Teófilo Otoni.
De lá, vão ser levados de caminhão frigorífico para Belo Horizonte, onde vai ser feita a identificação das vítimas.
“Há uma equipe sendo deslocada de Belo Horizonte para cá, com médicos legistas, especialistas em identificação, para a gente conseguir identificar essas vítimas o mais rápido possível”, diz o delegado Amaury Thomaz de Albuquerque.
Os feridos estão internados em hospitais de Teófilo Otoni. Um deles é o irmão do Alexandro, que estava no carro que bateu na carreta. Eles iam do Rio de Janeiro para Vitória Da Conquista.
“A gente combinou de sair juntos, mas não deu para sairmos juntos”.
“A gente veio em dois carros”.
“Ele saiu na frente, a gente está vindo, a gente acabou encontrando o pessoal ali, teve o trânsito, a gente acabou encontrando os colegas de trabalho e eles passaram a informação para mim que o meu irmão estava envolvido nesse acidente”, conta Alexandro Silva Pires, irmão de vítima.
Repórter: E agora sabendo que seu irmão está bem?
Alexandro Silva Pires:
“Ah, muito melhor, tentar achar um sinal depois para ligar ver como é que está realmente”.
A rodovia ficou interditada totalmente por cerca de dez horas e só foi liberada no meio da tarde.
O congestionamento, nos dois sentidos, chegou a 17 km.
“Nesse local não é registrado grandes acidentes, nem acidentes de gravidade”.
“Porém, tinha um radar de 60 km/h próximo aqui do local e foi retirado por conta do contrato do Dnit aí venceu, e os radares ainda não foram recolocados”.
“Eu, com 15 anos de carreira, nunca vi um acidente com tanta gravidade”.
“Assim, foi um cenário de guerra que a equipe PRF encontrou aqui”.
“Então, assim faltam palavras para descrever”, afirma Renato Neto, agente da PRF.
O Dnit, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, declarou que já contratou uma nova empresa para instalar e operar os radares em Minas Gerais; e que a expectativa do departamento é de que os medidores eletrônicos de velocidade entrem em operação no início de 2025.
Jornal Nacional
