Mercado prevê Selic em 9,75% em 2024; inflação e PIB também sobem

Levantamento mostra elevação da estimativa para juros básicos; na semana passada, taxa esperada era de 9,63%
Segundo analistas, esse movimento é consequência da atitude do BC, que cortou em 0,25 ponto percentual a taxa Selic na semana passada, para 10,50% ao ano – até então, cortes estavam na faixa de 0,5 ponto. (Foto: reprodução / Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver a taxa básica de juros Selic a 9,75% neste ano depois da redução no ritmo de afrouxamento monetário, com inflação e crescimento da atividade mais altos de acordo com a pesquisa Focus.

O levantamento divulgado nesta segunda-feira mostra elevação da estimativa para os juros básicos em relação à taxa de 9,63% esperada na semana anterior, na mediana das projeções.

Para o final de 2025 a Selic segue sendo calculada em 9,0%.

O movimento se dá depois de o BC ter feito um corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic na semana passada, para 10,50% ao ano, abandonando as reduções de 0,5 ponto até então.

Também abandonou sua indicação sobre o futuro dos juros básicos.

Investidores aguardam agora a divulgação na terça-feira da ata dessa reunião, que teve divergência entre os diretores, para avaliar melhor o cenário futuro da política monetária.

No Focus, os especialistas consultados seguem vendo nova redução de 0,25 ponto percentual na reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA aumentou em 0,04 ponto para 2024 e em 0,02 ponto para 2025, respectivamente a 3,76% e 3,66%. Para os dois anos seguintes a inflação continua sendo calculada em 3,5%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento na pesquisa semanal subiu a 2,09% para este ano, de 2,05% antes, enquanto para 2025 permaneceu em 2,00%.

Reuters

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