O mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, de 38 anos, foi preso nesta segunda-feira (26) acusado de ajudar os fugitivos do Presídio de Segurança Máxima de Mossoró (RN).
Ele teria recebido R$ 5 mil dos presidiários em fuga para mantê-los escondidos por oito dias.
Foi o próprio mecânico quem procurou a polícia para informar que havia ajudado os fugitivos.
Entretanto, ele afirmou que foi feito refém e fez isso sob ameaça.
Os policiais desconfiaram da versão de Ronaildo, que apresentou contradições em seu depoimento.
Diante das falhas na história, a polícia aprofundou a investigação e pediu um mandado de prisão contra o mecânico, que foi concedido.
A informação foi confirmada por fontes do MJSP.
Essa é a quarta prisão envolvendo o fato.
A investigação ainda monitora outros moradores da região que possam ter dado suporte aos fugitivos.
Na tarde dessa segunda-feira (26), durante participação em evento na embaixada da Alemanha em Brasília, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reforçou que a suspeita dos investigadores é de que a dupla de fugitivos esteja ainda nas proximidades do presídio de segurança máxima de onde escaparam no último dia 14.
“O episódio de Mossoró foi um episódio isolado”, declarou o ministro em coletiva de imprensa.
“São dois fugitivos que pertencem ao crime organizado, são de uma hierarquia menor, conseguiram evadir da prisão por meio de circunstâncias fortuitas”.
“Imaginamos que eles ainda estejam nas proximidades”.
Lewandowski ressaltou que as forças policiais seguem atuando com afinco na região em busca dos presos.
Relembre o caso
Dois presos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) na quarta-feira (14).
Foi a primeira vez na história que houve uma fuga registrada em presídio de segurança máxima.
A primeira penitenciária do sistema federal foi inaugurada em junho de 2006. No Brasil, há cinco unidades.
O setor de inteligência identificou a fuga e um alerta foi emitido a todos os policiais penais.
A CNN (responsável por esta reportagem) apurou que os fugitivos são ligados ao Comando Vermelho.
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, vulgo Querubim, Chapa, Cabeça de Martelo ou Martelo; e Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Tatu, Deisinho ou Deicinho.
Taísa Medeiros — CNN / Brasília