O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declinou de fazer seu discurso no evento “Florestas: Protegendo a Natureza para o Clima, Vidas e Subsistência”, realizado neste sábado (02) na COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), e cedeu seu tempo de fala para a ministra Marina Silva (Meio Ambiente).
E ao quebrar o protocolo e conceder a palavra à ministra do Meio Ambiente, Maria Silva, o presidente se emocionou ao mencionar os obstáculos enfrentados pela ministra, em sua vida pessoal e que seria ela a pessoa com mais legitimidade para falar, representando o Brasil no painel.
Em publicação em seu perfil em rede social, em que está presente o trecho, o presidente Lula escreveu:
“A floresta vai falar por si só”.
“E é mais justo não ser eu, que não vim da floresta, mas a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, @marinasilvaoficial, ser essa porta-voz”, acrescentou.
Lula afirmou ser “inédito” ter um evento como aquele e que, “pela 1ª vez” a “floresta fala por si”. Emocionado, o presidente disse que tinha um discurso pronto, mas que considerava ser mais produtivo que uma pessoa “que nasceu na floresta” falasse à plateia.
“Eu, embora seja o presidente do Brasil, não vou falar sobre a floresta porque eu acho que esse encontro de hoje é uma reunião sem precedentes na história das COPs”, disse Lula. “Precisamos de 28 edições da COP para que, pela 1ª vez, a floresta viesse falar por si só. E eu não poderia utilizar a palavra e falar sobre a floresta se eu tenho no meu governo uma pessoa da floresta”, continuou.
“A Marina nasceu na floresta, se alfabetizou aos 16 anos”, acrescentou, afirmando achar justo que, “para falar da floresta”, suba ao palco alguém que é “responsável pelo sucesso da política de preservação ambiental” implementada no Brasil ao invés de um presidente que “nasceu em um Estado que não é na floresta”.
Marina citou diversas medidas do governo Lula para a proteção do meio ambiente e disse que a política ambiental brasileira no governo atual não é setorial, mas transversal, englobando todos os ministérios.
“A sua diretriz para proteger a floresta é mais que comando e controle, é uma diretriz de desenvolvimento sustentável nas suas 4 dimensões: na dimensão ambiental, na dimensão social, na dimensão econômica e na dimensão cultural”, disse a ministra ao presidente.
Com Poder 360 e redes sociais