Justiça concede prisão domiciliar a empresário que atropelou e matou policial em Arapiraca

Defesa de Edson Lopes pediu a substituição da prisão preventiva após empresário passar mal e ser hospitalizado
Imagem do momento em que veículo dirigido por Edson Lopes atinge casal der ciclistas: mulher morreu na hora; marido ficou hospitalizado – justiça concede prisão domiciliar ao condutor. (Foto: reprodução)

A Justiça de Alagoas concedeu nesta quarta-feira (08) autorização para que Edson Lopes fique em prisão domiciliar.

Em acidente, no último dia 14 de outubro, num trecho da rodovia AL–220, na zona rural de Arapiraca, o veículo dirigido por Lopes atropelou e matou uma policial militar, e deixou o noivo dela ferido.

A defesa de Edson Lopes da Rocha pediu a substituição da prisão preventiva depois que o empresário passou mal e precisou ser hospitalizado.

As vítimas foram o policial militar Gheymisson Nascimento Porto e sua noiva, a também policial militar Cibelly Barboza Soares.

Ela não resistiu aos ferimentos e morreu.

Edson passou mal no dia 30 de outubro, enquanto estava preso no Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp) da cidade de Craíbas. Segundo a defesa, o empresário foi diagnosticado com isquemia cerebral transitória não especificada, tendo sido encaminhado à UTI AVC de um hospital.

“Dada a informação a respeito do estado de saúde do denunciado, reputo que o mesmo deverá cumprir o segregamento cautelar em regime domiciliar, como forma de se buscar de modo mais eficiente o tratamento e a cura para o mal de saúde do qual se encontra acometido”, diz trecho da decisão do juiz Alberto de Almeida.

O juiz determinou que Edson iniciará o cumprimento da prisão domiciliar depois que receber alta do hospital onde está internado. O empresário também deverá cumprir as seguintes medidas cautelares, sob pena de revogação da prisão domiciliar:

Recolhimento permanente em sua residência, de onde só poderá sair por meio de autorização judicial;

Uso de tornozeleira eletrônica;

Proibição de manter contato e de se aproximar da vítima sobrevivente ou de qualquer pessoa da família das vítimas, bem como de testemunhas

Comparecimento em juízo uma vez por mês para informar e justificar atividades e comparecimento a todos os atos judiciais para os quais for intimado

Suspensão de permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor

O juiz também proibiu o empresário de “se pronunciar publicamente sobre os fatos investigados”, através de qualquer meio, sob a justificativa de que o empresário tem influência na região.

O empresário se apresentou à Polícia Civil dias depois do acidente, mas foi liberado depois de prestar depoimento por já ter expirado o prazo da prisão em flagrante. Somente quando teve a prisão decretada é que ele se entregou à polícia.

Em depoimento, o motorista contou que não viu os ciclistas na pista e negou que estivesse bêbado ou que tenha fugido sem prestar socorro, alegando que chamou a filha, que é enfermeira, para prestar assistência às vítimas.

O policial militar Gheymison disse que não se lembra do momento do acidente nem como foi socorrido e levado para hospital. Ele só se lembra que estava “feliz” pedalando com a soldado Cibelly Barbosa, a noiva, que não resistiu aos ferimentos. Ele só soube que ela tinha morrido cinco dias depois do acidente.

G1/AL

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