O Exército de Israel afirmou ter resgatado neste sábado (8), com vida, quatro reféns que estavam sob poder do Hamas há oito meses.
O Hamas disse que 93 palestinos morreram durante a operação de resgate. Um soldado israelense também foi morto.
Uma das resgatadas, segundo o porta-voz das Forças Armadas israelenses, é a israelense Noa Argamani, de 26 anos, que apareceu em um vídeo sendo separada de seu namorado e levada em moto por terroristas durante o festival de música eletrônica atacado pelo Hamas em 7 de outubro.
Os outros três resgatados são Almog Meir, de 21 anos, Andrey Kozlov, de 27 anos, e Shlomi Ziv, de 40 anos.
Em comunicado, as Forças Armadas israelenses afirmaram que os quatro estão “em bom estado de saúde”, mas foram levados a um hospital em Israel para exames, onde também reencontraram parentes.
Resgate
A operação para resgatar os sequestrados foi “complexa e difícil”, segundo o porta-voz do Exército israelense, Daniel Haagari.
E terminou com a morte de um soldado israelense e 93 palestinos, segundo os dois lados.
Os quatro reféns, de acordo com Israel, estavam em dois cativeiros separados no centro de Nuseirat, um campo de refugiados palestinos no centro da Faixa de Gaza.
Segundo Haagari, houve intensa troca de tiros durante a operação de resgate, que foi planejada durante semanas.
“Foi uma missão de alto risco, conduzida sob a luz do dia. Estávamos sob fogo cruzado durante o todo o resgate, inclusive dentro dos prédios”, disse Haagari.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo, afirmou 93 pessoas morreram em Nuseirat e outras áreas no centro da Faixa de Gaza neste sábado durante a operação.
Em um comunicado, o Hamas afirmou que a libertação dos quatro reféns “é um sinal de fracasso, não uma conquista” — o grupo terrorista e o governo de Israel não está conseguindo chegar a um consenso para um acordo de cessar-fogo e libertação de todos os reféns.
Cerca de 130 reféns sequestrados durante a invasão do grupo ao sul de Israel em 7 de outubro permanecem sob poder dos terroristas.
Noa Argamani, sequestrada no festival Nova em 7 de outubro, foi resgatada pelas FDI
Nascida na China, Noa Argamani completou 26 anos dias depois de ser sequestrada.
Na ocasião, sua família fez um apelo para que ela fosse libertada.
A mãe da jovem, a chinesa Liora Argamani, disse sofrer uma doença terminal e apelou aos terroristas que a deixassem ver sua filha antes de morrer.
O primeiro-ministro israelenses, Benjamin Netanyahu, chegou a pedir ajuda ao governo da China para pressionar o Hamas pela sua libertação.
Em janeiro, a família recebeu uma prova de vida de Argamani: o Hamas divulgou um vídeo em que a jovem aparece pedindo que o Exército de Israel interrompa os bombardeios em Gaza, sob risco de que ela e outros dois reféns fossem executados.
No dia seguinte, em um novo vídeo, os terroristas exibiram uma nova gravação de Noa Argamani, dizendo que os outros dois reféns haviam sido mortos por ataques israelenses em Gaza.