O espaço reproduz manifestação de internauta acerca do transporte público de Maceió.
Como não há, na configuração, a tradicional “carta ao leitor” e o espaço de opinião tem se dedicado a tema que se consolidou diferente, o texto será colocado enquanto conteúdo noticioso.
Ao respeitar pedido de preservação da autoria, página assume a responsabilidade pelo que está colocado, ao tempo em que agradece por prestigiar o espaço, enviando a demanda.
Segue o texto, na íntegra:
Transporte público de Maceió: eterno caos
A sequência de reportagens ao vivo veiculadas essa semana pelo jornalismo da tv gazeta (Programa Bom Dia AL), escancarou a ferida aberta que o sistema de transporte público de Maceió luta para esconder: a insatisfação dos usuários com a ineficácia das linhas dos diversos bairros da capital.
Tudo óbvio, sem edição, e dito por quem enfrenta a realidade nos terminais de ônibus.
Resta, portanto, investigar o porquê da falta de empenho dos gestores para resolver o problema, ao invés de fazer de conta que está tudo bem nesse setor.
Há muitas hipóteses a serem consideradas, e muitas variáveis que colaboram com o problema, mas nada impossível de ser resolvido com vontade política e transparência.
Na ausência desses dois elementos, nada mudará.
Vale lembrar que a DMTT é um dos setores de maior arrecadação do município.
Ali entram cifras milionárias com multas e outros encargos pagos pelos cidadãos.
Só precisa de uma gestão séria, comprometida com a funcionalidade do sistema e solidária (ou empática) aos trabalhadores que dependem dos ônibus para o direito de ir e vir.
Não é de se descartar nem mesmo a hipótese de uma rede de corrupção interna no órgão gestor.
Basta um pequeno efetivo atuando silenciosamente para favorecer os empresários dos ônibus, em detrimento dos usuários.
Só uma manobra desse porte para travar qualquer tentativa de melhora.
Vale investigar, caso haja interesse em resolver.
Tem servidores sérios e um pequeno grupo corrupto, não vamos generalizar.
É frequente os técnicos da DMTT mostrarem pesquisas feitas por eles próprios mostrando que os ônibus passam pelos pontos nos horários certos, com pontualidade, assiduidade e sem superlotação.
Ou seja, realidade contrária à que foi flagrada pelas imagens da citada reportagem ao vivo, e por qualquer cidadão eu vê o caos nas ruas da cidade, em todos os bairros, a qualquer hora do dia ou da noite.
Talvez fosse dispensável contratar a FGV para pesquisar o óbvio, principalmente se nada for feito para resolver o problema constatado pelos pesquisadores.
Ratificamos: o desafio é destravar o sistema operacional da DMTT. Isso, se existir de fato vontade política para dar fluidez ao serviço, e deixar a população satisfeita com o setor de transporte urbano.
O tempo dirá.
A reportagem tentou ouvir o órgão gestor de trânsito da capital, mas não teve retorno.


