Greve de 24 horas no Banco Central pode afetar funcionamento do PIX

Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central pede reajuste salarial
Marca da instituição, na fachada, em sua sede: "antecipa-se que essa ação pode resultar em interrupções operacionais, um verdadeiro ‘apagão’, em todos os serviços do Banco Central do Brasil”, diz estimativa de servidores. (Foto: reprodução)

Servidores do Banco Central iniciaram nesta quinta-feira (11) uma greve de 24 horas.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do BC, mais de 70% da categoria aderiu à paralisação.

As principais pedidas são o reajuste nas tabelas remuneratórias de 36%, parcelado em parcelas entre 2024 e 2026, a criação de uma retribuição salarial por produtividade institucional, a exigência de nível superior para o cargo de técnico e a mudança do nome do cargo de analista para auditor.

Em nota, o sindicato declara insatisfação pela diferença de tratamento com outros órgãos públicos:

“A decisão de realizar a greve decorre da insatisfação dos servidores em relação ao tratamento dispensado às suas demandas, em meio a concessões assimétricas oferecidas a outras categorias típicas de Estado. ”

A entidade ainda diz que a manifestação pode prejudicar os serviços prestados pelos bancos.

“Antecipa-se que essa ação pode resultar em interrupções operacionais, um verdadeiro ‘apagão’, em todos os serviços do Banco Central do Brasil”.

“Isso impactará negativamente o atendimento ao mercado e ao público, incluindo cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atraso na divulgação de informações”.

O movimento foi aprovado em assembleia geral no dia 28 de dezembro.

Segundo o Sindicato, a greve pode ser radicalizada, caso o Banco Central não apresente uma proposta concreta até a primeira quinzena de fevereiro, com o processo de entrega dos cargos comissionados.

“Adicionalmente, foi iniciado o processo de entrega de funções comissionadas”, afirmou o SINAL em nota.

“Os servidores assumindo essas funções comprometem-se a entregá-las caso as negociações com o governo não avancem, com a entrega efetiva prevista para a primeira quinzena de fevereiro”.

O presidente do Sindicato, Fábio Faiad, criticou a postura do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Faiad classificou as decisões de Campos Neto como autocráticas e alertou sobre a possibilidade de conceder tratamento salarial diferenciado à cúpula do banco, retirando-os do teto constitucional.

Com informações de Rádio BandNews FM

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