FAB explica razão de demora em buscas por helicóptero desaparecido em SP

Tempo nublado teria dificultado o voo no domingo e continua sendo desafio na procura pela aeronave
Tenente-Coronel Emanuel Garioli, comandante do Esquadrão Pelicano da Força Aérea Brasileira (FAB), unidade responsável pelas buscas de aeronave, que já entram no quinto dia. (Foto: reprodução/CNN)

Em entrevista à CNN, o Tenente-Coronel Emanuel Garioli, da FAB, afirmou que um dos maiores desafios da operação é a meteorologia, o que pode explicar a demora para localização da aeronave.

Garioli é o comandante do Esquadrão Pelicano da Força Aérea Brasileira (FAB), responsável pelas buscas do helicóptero que desapareceu no litoral norte de São Paulo, e a entrevista foi concedida nesta sexta-feira (05).

“Normalmente, quando a gente é acionado em busca, a meteorologia não é favorável”, disse o oficial.

“Temos também um relevo montanhoso e a mata atlântica densa. Junto com isso, ainda temos uma aeronave pequena e na cor cinza”, afirma o Tenente-Coronel.

Esta sexta-feira marca o quinto dia de buscas pelo helicóptero. A aeronave decolou no início da tarde de domingo (31) do aeroporto Campo de Marte, na capital paulista, e tinha como destino a cidade de Ilhabela, no litoral do estado. Quatro pessoas, incluindo o piloto, estavam a bordo.

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No dia da decolagem, uma das passageiras do helicóptero mandou mensagem à família afirmando “tá perigoso. Muita neblina, estou voltando”. O Tenente-Coronel revela que o modelo da aeronave “não é homologado para voar dentro de nuvens”.

O militar explica que, quando o clima está desfavorável para voo, o piloto não segue em linha reta até o seu destino, “ele tenta desviar desse tempo ruim”. Por isso, a FAB trabalha em uma ampla área de buscas.

“A gente sobrevoa várias vezes devido às características do helicóptero”, explica Garioli.

“Por ser pequeno, é possível que a gente o aviste em apenas uma posição”, acrescenta.

“Tudo isso baseado em informações coletadas”, concluiu.

Apesar das dificuldades meteorológicas, o militar afirma que a equipe está acostumada com esse desafio.

“Nossa tripulação está preparada, focada e motivada a encontrar o objetivo da busca”.

“Não existe uma data prevista para terminar essas buscas”, informou o comandante.

“Nós temos trabalho em terra também”.

Ele diz que as buscas aéreas são apenas do esforço para localizar a aeronave desaparecida.

Duda Cambraia, Bianca Camargo – CNN

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