Entidade médica critica tratamento a parturientes pela rede pública

Sindicato diz que, “a qualquer momento” pode haver colapso da rede RAMI (Rede de Atenção Materna e Infantil)
Cena de anos atrás – mas, que, segundo denúncia do sindicato que representa os médicos e médicas, vem se tornando rotina: “tememos o pior a qualquer momento: o colapso da rede RAMI (Rede de Atenção Materna e Infantil), com agravamento da assistência às gestantes e seus recém-nascidos”, diz a presidente Sílvia Melo, segundo nota da entidade, “frisando que as mães médicas se solidarizam com quem enfrenta esse quadro de abandono na fase mais delicada do ciclo feminino”. (Foto: reprodução / arquivo)

A entidade que representa o segmento médico no Estado divulgou nota lamentando o que classificou como “o abandono dos gestores com as parturientes que dependem da rede pública para realização do parto”.

E acrescenta que “nesse Dia das Mães, 11 de maio, ao saudar as mães, a presidente do Sinmed aproveitou para desabafar o quanto a classe médica lamenta”:

“Nós nos comovemos com o abandono dos gestores à assistência disponibilizada nas maternidades públicas e particulares conveniadas ao SUS, tanto as da capital como as do Estado”, disse a médica Sílvia Melo, dirigente da entidade.

De acordo com a nota, divulgada por meio da assessoria de comunicação social do sindicato, “segundo ela, é preocupante a permanente superlotação nas maternidades”.

“Antes, o problema era comum apenas nos serviços especializados em alto risco”, diz.

“Agora, lamentavelmente, virou rotina também onde são realizados partos de risco habitual, locais que servem de ‘apoio’ ao atendimento mais complexo”, enfatiza.

“Esse tipo de serviço deveria ser prioridade dos gestores, mas ocorre o inverso. Seria fundamental, por exemplo, repassar em dia os recursos de incentivo destinados às maternidades pelo Promater, viabilizando condições para uma assistência de qualidade às parturientes e seus recém-nascidos”, argumenta Sílvia Melo lembrando que hoje, no dia dedicado às mães, possivelmente muitas mulheres guardam memórias de sofrimento à procura de leito maternal na rede pública.

Ela lembra que quando alguma maternidade do risco habitual fecha por um dia sequer, já acarreta demanda insuportável às demais.

Consequentemente, a qualidade da assistência acaba comprometida.

“O Sinmed lamenta essa realidade envolvendo um momento tão marcante como o de se tornar mãe”.

“Tememos o pior a qualquer momento: o colapso da rede RAMI (Rede de Atenção Materna e Infantil), com agravamento da assistência às gestantes e seus recém-nascidos”, desabafa a líder sindical, frisando que as mães médicas se solidarizam com quem enfrenta esse quadro de abandono na fase mais delicada do ciclo feminino.

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