Dono de oficina e mecânico são indiciados por mortes de jovens em BMW

Grupo de amigos morreu após intoxicação por monóxido de carbono devido à alteração no carro
Carro em que aconteceu a tragédia: grupo de amigos morreu por intoxicação por monóxido de carbono provocada pela alteração no sistema de escapamento do carro de luxo – dono da oficina e o responsável pela instalação foram indiciados por quatro homicídios culposos. (Foto: reprodução)

Dois trabalhadores de uma oficina mecânica foram indiciados pelas mortes dos quatro jovens que estavam em uma BMW, em Balneário Camboriú (SC), no primeiro dia deste ano.

O dono da oficina e o responsável pela instalação foram indiciados por quatro homicídios culposos.

O grupo de amigos morreu por intoxicação por monóxido de carbono provocada pela alteração no sistema de escapamento do carro de luxo.

Para a Polícia Civil, a falta de experiência de quem fez o serviço no veículo resultou nos óbitos.

O inquérito sobre o caso foi concluído nessa quarta-feira (31).

Com isso, a Divisão de Investigação Criminal de Balneário Camboriú revelou novos detalhes do documento.

Anteriormente, a polícia já havia contado que a perícia indicou que as mortes foram por conta da inalação de monóxido de carbono.

A substância vazou através da ruptura de uma peça e entrou no veículo pelo ar-condicionado.

Os peritos concluíram que a peça que foi instalada em substituição ao catalisador “foi produzida e montada de forma precária e divergente dos padrões de qualidade do fabricante”.

A partir daí, a polícia encontrou os responsáveis pelo serviço, que foi feito em uma mecânica de Aparecida de Goiânia, em Goiás.

As vítimas eram de Minas Gerais e abririam uma empresa de marketing digital em Florianópolis no dia 2 de janeiro.

Ao localizar o responsável pela mudança no carro, um homem de 48 anos, os investigadores perceberam que ele não tinha formação técnica para isso.

Porém, teve supervisão do proprietário da oficina, um homem de 35 anos.

Ambos foram indiciados por quatro homicídios culposos — quando não há intenção de matar, mas existe a imprudência, que neste caso foi a “imperícia na realização do serviço”, destacou a Civil.

O inquérito foi remetido à Justiça e Ministério Público e agora deve se converter em processo judicial.

Os trabalhadores devem aguardar o andamento em liberdade.

Bianca Bertoli – NSC Total

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