Morgan Spurlock, diretor do documentário “Super Size Me – A dieta do palhaço”, morreu aos 53 anos, nesta quinta-feira (24).
Ele havia sido diagnosticado com câncer e a morte foi anunciada por sua família.
“É um dia triste, quando nos despedimos do meu irmão Morgan”, disse Craig Spurlock, que trabalhou com o irmão em vários projetos.
“Morgan deu muito por meio de sua arte, de suas ideias e de sua generosidade”.
“Hoje o mundo perdeu um verdadeiro gênio criativo e um homem especial”.
“Estou muito orgulhoso de ter trabalhado com ele.”
Spurlock foi alçado à fama com o documentário “Super Size Me – A dieta do palhaço” (2004), no qual denunciava a obesidade nos Estados Unidos.
Indicado ao Oscar, o filme foi um sucesso de bilheteria, com renda de US$ 22 milhões em todo mundo, número impressionante para um documentário de baixo orçamento.
“Super Size me” era uma cruzada contra as redes de fast-food.
Spurlock comeu apenas lanches do McDonald’s no café-da-manhã, almoço e jantar durante um mês.
Ele acabou engordando 11 kg e sofreu fortes aumentos de colesterol e da pressão arterial.
Outros projetos
Nascido em 7 de novembro de 1970, na cidade de Parkersburg, nos EUA, Spurlock teve uma infância religiosa e se formou em cinema pela Universidade de Nova York em 1993.
Depois do sucesso com “Super Size Me”, o cineasta se dedicou a outros projetos com sua produtora Warrior Poets.
Ele produziu e dirigiu cerca de 70 documentários ou séries, quase sempre sobre assuntos controversos e com ele como protagonista.
Spurlock tratou de temas como a guerra no Afeganistão (“Where in the World Is Osama Bin Laden?”); o salário-mínimo e o trabalho imigrante (“30 days”); a suscetibilidade do consumidor ao marketing (“The Greatest Movie Ever Sold”); e a pressão de grandes empresas sobre fazendas familiares (“Super Size Me 2: O Frango Nosso de Cada Dia”).