Dino rebate crítica às urnas: “Fomos eleitos por ela, inclusive o senhor”

Senador Jorge Seif questionou o ministro da Justiça a respeito de seu posicionamento sobre o processo eleitoral brasileiro quando era deputado
Ministro, indicado ao STF, disse que o sistema avançou e que não há dúvidas sobre a lisura do pleito: “evidentemente, a urna eletrônica não é mais a mesma; houve uma série de inovações tecnológicas, como, por exemplo, a biometria; tanto é que todos nós fomos eleitos por ela, inclusive o senhor”, replicou. (Foto: reprodução)

Na sabatina conjunta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta quarta-feira (13), o senador Jorge Seif (PL-SC) questionou o ministro Flávio Dino, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), sobre suas críticas no passado em relação às urnas eletrônicas.

Enquanto deputado, em 2009, o atual ministro da Justiça foi relator de um projeto de reforma eleitoral e incluiu a previsão de impressão de 2% dos votos do país — possibilidade rechaçada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Dino afirmou que o processo eleitoral passou por diversos aperfeiçoamentos e que o resultado das urnas é incontestável.

“Sobre declarações relativas à urna eletrônica, no meu caso, são declarações de quase 15 anos atrás” disse.

“Evidentemente, a urna eletrônica não é mais a mesma; houve uma série de inovações tecnológicas”, acrescentou.

“Por exemplo, a biometria”, exemplificou o ministro.

“Tanto é que todos nós fomos eleitos por ela, inclusive o senhor”, replicou o ministro ao questionamento de Seif.

Flávio Dino e Paulo Gonet (indicado para a Procuradoria-Geral da República) participam de uma sabatina conjunta inédita.

Depois, cada indicação será votada na CCJ, formada por 27 parlamentares.

Os ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Camilo Santana (Educação), Renan Filho (Transportes) e Carlos Fávaro (Agricultura) decidiram se licenciar de seus cargos para participar da votação.

Após a deliberação, os ministros voltarão para as suas pastas e os suplentes voltam a assumir as funções no Senado.

Dino e Gonet devem passar pelo crivo da CCJ e, depois, devem ter seus nomes aprovados pelo plenário do Senado.

Na última etapa, são necessários pelo menos 41 votos do total de 81 senadores para que eles possam assumir as cadeiras na Suprema Corte e na PGR.

Luana Patriolino – Correio Braziliense

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