O 11 de janeiro marca a descoberta de Oberon, por William Herschel, em 1787, satélite natural do planeta Urano.
No mesmo dia em que ele descobriu Titânia, a maior lua de segundo mais distante planeta no Sistema Solar.
Ele mais tarde relatou a descoberta de outros quatro satélites, porém eles foram posteriormente revelados como descobertas falsas.
Por cerca de cinquenta anos após suas descobertas, Titânia e Oberon não foram observados por qualquer outro astrônomo.
Atualmente essas luas podem ser vistas da Terra com um telescópio amador de alta qualidade.
Todas as luas de Urano recebem nomes de personagens das obras de William Shakespeare ou Alexander Pope.
Este satélite recebeu o nome de Oberon, o rei das fadas em Sonho de uma Noite de Verão.
Os nomes dos quatro satélites de Urano conhecidos na época foram sugeridos em 1852 pelo filho de Herschel, John Herschel, a pedido de William Lassell, que descobriu as outras duas luas, Ariel e Umbriel, no ano anterior.
Oberon foi inicialmente conhecido simplesmente como o “segundo satélite de Urano”, e em 1848 recebeu a designação Urano II por William Lassell, embora ele tenha usado algumas vezes a numeração de William Herschel, em que Titânia e Oberon são II e IV.
Em 1851, Lassell numerou os quatro satélites conhecidos em ordem de distância a Urano usando numerais romanos, e desde então Oberon possui a designação de Urano IV.
Órbita
Oberon orbita Urano a uma distância de aproximadamente 583 500 quilômetros, sendo o satélite mais afastado do planeta entre os cinco principais.
Sua órbita tem uma pequena excentricidade, sendo praticamente circular, e é pouco inclinada em relação ao equador de Urano.
Seu período orbital é de cerca de 13,5 dias, igual ao período de rotação; isso significa que Oberon apresenta rotação sincronizada, estando preso por forças de maré, com uma mesma face sempre virada para o planeta.
Oberon passa a maior parte de sua órbita fora da magnetosfera de Urano.
Como resultado, sua superfície é atingida diretamente pelo vento solar, ao contrário dos outros grandes satélites de Urano, que estão completamente dentro da magnetosfera e são atingidos pelo plasma magnetosférico.
Esse bombardeamento por partículas da magnetosfera pode levar a um escurecimento do hemisfério posterior (do lado oposto ao sentido do movimento orbital), um fenômeno observado em todas as grandes luas de Urano com exceção de Oberon.
Como Urano tem uma alta inclinação axial e orbita o Sol de lado, e seus satélites orbitam no plano equatorial do planeta, eles estão sujeitos a um ciclo sazonal extremo.
Os polos norte e sul alternam entre 42 anos de escuridão total e 42 anos de luz solar contínua, com o Sol perto do zênite em um dos polos durante o solstício.
O sobrevoo da Voyager 2 em 1986 coincidiu com o solstício de verão no hemisfério sul, quando quase todo o hemisfério norte de Urano e seus satélites estava escuro.
Uma vez a cada 42 anos, quando Urano passa pelo equinócio e seu plano equatorial cruza a Terra, ocultações entre suas luas são possíveis. Um desses eventos, que durou cerca de seis minutos, foi observado em 4 de maio de 2007, quando Oberon ocultou Umbriel.


