Descuido que vira munição contra o governo federal

Audiência de assessor do MJ que teve presença de mulher de chefe de facção causa desgaste, sim
Assessor do MJ, Elias Vaz, da audiência que virou alvo da “polêmica do dia”. (Foto: reprodução)

Numa comissão para tratar com representante do governo, de ministério que tem sob sua atribuição políticas para presídios e afins, haver alguém ligado a presos seria natural.

Afinal, alguém assim terá, no mínimo, alguma legitimidade para falar.

Se tiver apenas integrantes de pastorais da igreja, movimentos sociais e do próprio gestor, pesará a crítica de quem não teria legitimidade.

Mas, em sendo a mulher de um chefe de facção – e, em particular, quando o encontro se dá com alguém do governo federal sob o comando petista – viu a polêmica que deu.

Como diz a própria matéria, “nos bastidores, assessores do ministro da Justiça, Flávio Dino, consideraram o episódio um erro de Vaz, que ‘deveria ter checado’ a lista de participantes”.

O secretário que errou se justificou:

“Ela [Luciane] estava como acompanhante da advogada Janira Rocha, e se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário. Por esta razão, foi sugerido à advogada Janira Rocha que elas procurassem a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN)”, afirmou Elias Vaz, em nota.

Mas, a prova do desgaste foi postagem em rede social do próprio ministro, alegando que nunca recebeu, “enquanto ministro”, nenhum líder de facção.

Como governo, os gestores federais têm que primar pela correção.

Como um governo petista, alvo de críticas enquanto for governo – pelo simples fato de ser PT –, o cuidado tem que ser redobrado.

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