O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) sugeriu que a Assembleia convide o secretário de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, e gestores de hospitais da rede privada que atendem pelo SUS para tratar dos repasses pelo gestor estadual.
A proposta foi apresentada na sessão desta quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa de Alagoas, num endosso à proposta do deputado Alexandre Ayres (MDB) de convidar os gestores do Hospital Chama, de Arapiraca.
Para o parlamentar da oposição, além de representante da direção da unidade hospital de Arapiraca, devem ser convidados os “de todos os hospitais privados que alegam estar enfrentando dificuldades quanto aos repasses do Estado”.
Cabo Bebeto estendeu o convite às construtoras que iniciaram a construção de hospitais e estão com obras paradas, empresas de vigilância e de home-care e, também, o secretário de Saúde Gustavo Pontes, para que explique “o que está pago e o que não está”.
“O deputado lembrou que, no dia 28 de fevereiro, a Prefeitura de Arapiraca, por meio da Secretaria de Saúde, enviou ofício ao secretário, cobrando mais de R$ 700 mil referentes à contrapartida do Estado, já que a referida prefeitura havia repassado ao Chama mais de R$ 1,4 milhão, no entanto até a presente data o Chama não recebeu o que o Estado deve”, diz nota distribuída pelo parlamentar, por meio de sua assessoria de comunicação.
“Temos que tentar trazer a solução, por isso vamos convidar todos, já que os fatos são públicos”.
“Vamos ver quem está mentindo”, disse.
“Já passou da hora do Estado resolver essa questão”.
“É preciso pagar e deixar as contas em dia, quem trabalha quer receber”, disse Cabo Bebeto.
O deputado Sílvio Camelo (PV), líder do governo, fez uma ressalva â questão do hospital de Arapiraca: estar passando por problemas administrativos que se estenderiam à família proprietária do hospital.
O também colega de plenário, deputado Dr. Wanderley (MDB), que é médico e já foi secretário de Saúde, frisou que a própria unidade solicitou se credenciar para prestar atendimento a pacientes diagnosticados com câncer.
Para o SUS, esse tipo de atendimento é enquadrado como média e alta complexidade – sob responsabilidade das esferas estadual e federal de governo.
Da composição tripartite no Sistema Único (sob gestão compartilhada de estados, municípios e União), a chamada atenção básica está sob responsabilidade das prefeituras; enquanto as de maior complexidade, ficam com estados e governo federal.
Mas, segundo ele, para realizar procedimento crucial no diagnóstico e tratamento, a biopsia, por não ter remuneração condizente, muitos hospitais se recusam a executar, por não compensar financeiramente.
Para Alagoas, ne época, tinham sido cadastrados apenas dois hospitais: Santa Casa de Misericórdia e Hospital Universitário.
E o próprio hospital Chama solicitou sua inclusão.
Agora, em razão do problema administrativo, a unidade hospitalar pediu seu descredenciamento.
Ainda segundo ele, isso deve levar, porém, seis meses, tempo necessário para os gestores em saúde identificarem outra unidade que possa assumir o atendimento à população.
Com assessoria
