Deputado da CPMI do INSS critica condução dos trabalhos

Rafael Brito diz que não pode haver “investigação enviesada” e que comissão “tem que ouvir todo mundo”
Rafael Brito sobre as investigações da CPMI do INSS: “ladrão não pode ter cor partidária e nem torcida de defesa”, afirma. (Foto: reprodução)

A condução doa trabalhos da CPMI que investiga as fraudes no INSS foi criticada por um de seus integrantes, que disse não se poder permitir uma “investigação enviesada”.

O deputado federal Rafael Brito (MDB-AL) reforçou nesta semana, durante os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS, sua posição em defesa das vítimas do esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas.

Para o parlamentar, a atuação da comissão deve ser pautada pela imparcialidade e pelo compromisso de garantir que todos os responsáveis sejam identificados e punidos.

“Ladrão tem que ser punido com o rigor da lei”.

“Estou fazendo uma investigação de forma isenta, representando um partido que tem diversas correntes, que é o MDB, sem fazer defesa de ninguém”.

“Meu papel na CPMI é encontrar os culpados, levá-los à justiça e recuperar o recurso de quem foi roubado”.

“Não podemos permitir uma investigação enviesada”.

“Temos que ouvir todo mundo”, afirmou Rafael Brito.

A própria criação do grupo de investigação parlamentar foi apontada como derrota para o governo federal, porque serviria como arma para a oposição – e agravada pela eleição para os dois cargos principais: presidente e relator – de opositores do governo Lula; no caso deste último, o também alagoano Alfredo Gaspar (União).

O MDB integra a base do governo, com mais um alagoano – o ex-governador Renan Filho, no Ministério dos Transportes – e com o Planalto tendo encampado projeto implantado por Brito, quando secretário de Educação, e batizado de Pé-de-Meia, como uma de suas grandes realizações.

Como membro titular da comissão, Brito informou ter apresentado requerimentos solicitando a convocação de todos os ex-ministros da Previdência Social, de diferentes governos, e do empresário e presidente da Associação de Assistência Social à Pensionistas e Aposentados (AASPA).

A instituição está entre as 41 associações e empresas envolvidas no esquema de fraudes de descontos indevidos.

A relatoria da CPMI já anunciou que na próxima segunda-feira (8), o ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que ficou à frente da pasta de janeiro de 2023 a maio deste ano, será ouvido.

Com informações – assessoria

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