Uma das medidas de tom conservador na Câmara de Maceió, que tem refletido à risca o perfil do eleitorado da capital deve provocar reação – em nas várias acepções que possa ter esse termo.
Esta semana, o espaço repercutiu a reportagem do portal Eufemea relativa à promulgação de lei que, sob o argumento de “esclarecer” mulheres sobre riscos de procedimentos de aborto, traz embutido o que especialista ouvida pela jornalista Raíssa França – que assina a matéria – classifica de “tortura”.
Nesta sexta-feira (22), o portal traz um desdobramento sobre o caso, em reportagem igualmente assinada pela jornalista.
Para dimensionar o quanto de repercussão deve gerar, basta ver pelo título: “Deputada Erika Hilton aciona MPF contra lei que obriga mulheres a verem imagem de feto antes de aborto legal em Maceió”.
Uma das parlamentares que mais se destacam no Congresso mais conservador, desde o processo de redemocratização no país, após a ditadura militar (1964–1985).
Mas, não porque se alinhe a esse perfil – aliás, muito pelo contrário: a deputada federal tem enfrentado parlamentares de linha e postura diversa e vem se impondo nas discussões.
Tanto que viralizou o bordão que usa nesse enfrentamento: “não tolerarei, não admitirei” – que virou até jingle.
Então, os conservadores representantes dos maceioenses terão pela frente a reação jurídica da medida anunciada pela congressista trans e a de âmbito político – já que as atividades do legislativo de Maceió vão perder a “discrição” que alguns representantes gostariam que fosse mantida, mas, assim como a mina da Braskem e a tragédia do afundamento de solo da capital alagoana, os fatos vão se encarregando de desfazer, escancarando as coisas.
Para mais, segue o acesso para a matéria do portal Eufemea.