Deputada cobra políticas públicas para adultos autistas em Alagoas

Cibele Moura mostra que em Alagoas seriam 33 mil pessoas – “quando adulto, ficará a cargo de quem?”, questiona
Deputada Cibele Moura: parlamentar citou dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicando que cerca de 2,4 milhões de pessoas no Brasil foram diagnosticadas com autismo; o que projeta para um universo de aproximadamente 33 mil alagoanos portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA). (Foto; reprodução / Comunicação / ALE)

A deputada Cibele Moura (MDB) destacou, em pronunciamento durante a sessão ordinária os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicando que cerca de 2,4 milhões de pessoas no Brasil foram diagnosticadas com autismo.

Desse total, aproximadamente 33 mil alagoanos são portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Diante do quadro, apresentado em plenário na sessão da última quarta-feira (28), a parlamentar informou que encaminhara requerimento à Secretaria da Pessoa com Deficiência do Estado de Alagoas, solicitando informações sobre quais ações estão sendo realizadas pelo Governo de Alagoas para cuidar dos adultos autistas no Estado.

“Quando a gente fala de autistas, o foco é sempre na infância dessas pessoas, o que é bastante legítimo, mas o questionamento que causa uma preocupação muito grande aos pais dessas crianças é: o que vai acontecer com meu filho quando eu não estiver mais aqui?”, observou Cibele Moura, ressaltando o nível de dependência que essas crianças têm de seus cuidadores e responsáveis.

“Imaginem, senhores, uma criança com nível de suporte 3, em que os cuidadores precisam auxiliar intensamente com terapias, escola e outras atividades na infância, porque essas pessoas existem, são reais”, argumentou a parlamentar, demonstrando empatia com o futuro dos portadores de TEA na vida adulta.

“Essa criança se torna adolescente, depois adulto, e, pela lei natural da vida, os pais vão antes dos filhos”.

“E esse adulto fica a cargo de quem? Quem ajudará essa pessoa? Quem dará o suporte necessário para que ela possa continuar seus tratamentos?”, questionou Cibele Moura, justificando o pleito encaminhado à Secretaria da Pessoa com Deficiência.

“Hoje, esses adultos são esquecidos, abandonados e invalidados”.

“Então, é muito importante que esta Casa saiba quais ações estão sendo tomadas para garantir a vida digna dessas pessoas”, completou.

Comunicação / ALE

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