A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o político não pediu asilo político durante visita a Embaixada da Hungria.
A manifestação dos advogados de Bolsonaro foi enviada ao STF nesta quarta, após Moraes intimá-lo a esclarecer a notícia de que havia passado dois dias na representação diplomática.
Na medida, o ministro do STF deu prazo de 48 horas para a defesa do ex-presidente se manifestar sobre episódio.
O jornal New York Times divulgou vídeos que mostram o ex-presidente na Embaixada da Hungria dias após ele ter sido um dos alvos de uma operação da Polícia Federal (PF).
“São equivocadas quaisquer conclusões decorrentes da matéria veiculada pelo jornal norte-americano, no sentido de que o ex-Presidente tinha interesse em alguma espécie de asilo diplomático, conclusão a que se chega bastando considerar a postura e atitude que sempre manteve em relação as investigações a ele dirigidas”, destacou a defesa.
Os esclarecimentos foram encaminhados ao STF depois que Moraes deu 48 horas para que Bolsonaro explicasse estada na Embaixada da Hungria.
Bolsonaro ficou no local de 12 a 14 de fevereiro.
O caso aconteceu após ele ser alvo da Operação Tempus Veritatis, que investiga tentativa de golpe de Estado entre membros do primeiro escalão da antiga gestão, em 8 de fevereiro.
Na época, o ex-presidente teve o passaporte apreendido pela PF, como mostrou a coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles.
Manoela Alcântara, Maria Eduarda Portela