Data marca aniversário de nascimento de Asimov

Apreciadores da ciência, ficção e divulgação científica marcam a data
Asimov foi escritor, mas, era bioquímico por formação, é considerado um dos mestres da ficção científica, em que tem obra mais famosa na Trilogia da Fundação; recentemente a que se tornou mais notória foi o livro “Eu, robô”. (Foto: reprodução)

Pela contribuição para a divulgação científica, várias publicações dedicam espaço para marcar seu aniversário de nascimento.

Isaac Asimov (Isaak Yudavich Azimov) nasceu na cidade de Petrovichi, na Rússia Soviética, atual Rússia, em 2 de janeiro de 1920, e morreu em Novas Iorque, em 6 de abril de 1992.

Foi um escritor e bioquímico norte-americano, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica.

Asimov é considerado um dos mestres da ficção científica e, junto com Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, foi considerado um dos “três grandes” dessa área da literatura.

A obra mais famosa de Asimov é a Série da Fundação, também conhecida como Trilogia da Fundação, que faz parte da série do Império Galáctico e que logo combinou com a Série Robôs.

A maioria de seus livros mais populares sobre ciência, explicam conceitos científicos de uma forma histórica, voltando no tempo o mais longe possível, quando a ciência em questão estava nos primeiros estágios.

Em 1981, um asteroide recebeu seu nome em sua homenagem, o 5020 Asimov. O robô humanoide “ASIMO” da Honda, também pode ser considerada uma homenagem indireta a Asimov, pois o nome do robô significa, em inglês, Advanced Step in Innovative Mobility, além de também significar, em japonês, “também com pernas” (ashi mo), em um trocadilho linguístico em relação à propriedade inovadora de movimentação deste robô.

Durante sua breve carreira militar, ele ascendeu ao posto de cabo, baseado na sua habilidade para escrever à máquina, e escapou por pouco de participar nos testes da bomba atómica em 1946 no atol de Bikini.

Depois de completar seu doutorado, Asimov entrou na faculdade de Medicina da Universidade de Boston, com a qual permaneceu associado a partir daí.

Asimov era um claustrófilo; gostava de espaços pequenos fechados.

No primeiro volume da sua autobiografia, ele conta um desejo infantil de possuir uma banca de jornais numa estação de metrô de Nova Iorque, dentro da qual ele se fecharia e escutaria o ruído dos carros enquanto lia.

Asimov tinha medo de voar, só o tendo feito isso por duas vezes na vida inteira (uma vez, durante seu trabalho na Naval Air Experimental Station, e outra, na volta para casa da base militar de Oahu, em 1946).

Raramente viajava grandes distâncias, em parte por causa de sua aversão a voar, adicionada às dificuldades logísticas de viajar longas distâncias.

Esta fobia influenciou várias das suas obras de ficção, como as histórias de mistério de Wendell Urth e as novelas sobre robôs de Elijah Baley.

Nos seus últimos anos, ele gostava de viajar em navios de cruzeiro e, em várias ocasiões, ele fez parte do “entretenimento” no cruzeiro, dando palestras baseadas em ciência, em navios, como os RMS Queen Elizabeth 2.

Asimov sabia entreter muitíssimo bem, era prolífico e procurado como discursador.

Seu sentido de tempo era fantástico; ele nunca olhava para um relógio, mas invariavelmente falava precisamente o tempo combinado.

Asimov era um participante habitual em convenções de ficção científica, onde ficava amável e disponível para conversa.

Ele respondia pacientemente a dezenas de milhares de perguntas e outro tipo de correio com postais, e gostava de dar autógrafos.

Embora gostasse de mostrar seu talento, raramente parecia levar-se a si próprio demasiadamente a sério.

Os interesses variados de Asimov incluíram, nos seus anos tardios, sua participação em organizações devotadas à opereta de Gilbert and Sullivan e em The Wolfe Pack, um grupo de seguidores dos mistérios de Nero Wolfe, escritos por Rex Stout.

Ele era um membro proeminente da Baker Street Irregulars, a mais importante sociedade sobre Sherlock Holmes.

De 1985 até sua morte em 1992, ele foi presidente da American Humanist Association; seu sucessor foi o amigo e congênere escritor, Kurt Vonnegut.

Ele também era um amigo próximo do criador de Star Trek, Gene Roddenberry, e foram-lhe dados créditos em Star Trek: The Motion Picture, pelos conselhos que deu durante a produção.

Asimov morreu em 6 de abril de 1992 em Nova Iorque. Foi cremado e suas cinzas foram espalhadas. Ele deixou sua segunda mulher, Janet, e as crianças do primeiro casamento.

Dez anos depois da sua morte, a edição da autobiografia de Asimov, It’s Been a Good Life, revelou que sua morte foi causada por SIDA (br: AIDS); ele contraiu o vírus HIV através de uma transfusão de sangue recebida durante a operação de bypass em dezembro de 1983.

A causa específica da morte foi falha cardíaca e renal, como complicações da infecção com o vírus da SIDA.

Embora não utilizasse, à época, os termos de hoje, por seus escritos podemos notar que previu a existência dos micro-ondas em nossas cozinhas, da fibra ótica, da internet, dos microchips, das TVs de tela plana e até de pessoas acometidas de depressão.

Mas também errou, como ao prever carros voadores e usinas nucleares de fusão atômica.

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