O diretor de Futebol do CSA, Marlon Araújo, deixou o clube.
O comunicado, a exemplo dos informes sobre a demissão do técnico Marcelo Cabo, no último domingo (03), e do executivo Alarcon Pacheco, se deu por postagem em rede social, nesta terça-feira (05) – mesmo dia do desligamento de Pacheco.
Mas, ao contrário das anteriores, não foi feita pelo clube – ou seja, não teve caráter de demissão, mas, de pedido de desligamento – e, em especial, não foi no formato de comunicado sumário, sumaríssimo, das postagens anteriores sobre a crise no clube.
Tanto na que informou a saída do técnico, quanto na de Alarcon, era possível contar as palavras – como o portal fez – e a até o número de toques (considerando só as letras ou incluindo os espaços.
Veja a seguir, o texto publicado pelo diretor, ao comunicar sua decisão:
É com um misto de sentimentos que comunico minha saída do cargo de diretor de futebol do CSA. Nos últimos meses, trabalhamos incansavelmente, de domingo a domingo e à custa de muito sacrifício pessoal, para reorganizar processos internos, resgatar a credibilidade no mercado e cumprir os acordos estabelecidos, porque acredito e sempre acreditarei que gestão se baseia em responsabilidade.
Em menos de seis meses de clube, conseguimos negociar o meia Klayton para o Barra de SC e capitalizar o clube, o que vai resultar em 500 mil até dezembro nos cofres do CSA, e ainda sem perder os direitos sobre o atleta revelado na casa.
Tenho certeza de que esse é o caminho para fazer o CSA produzir ainda mais talentos e reforçar os cofres do clube.
Mas, na vida e principalmente no futebol, nem tudo é como planejamos e apesar de todo esforço e dedicação, e alguns frutos colhidos, infelizmente, o trabalho de organização dos bastidores não se refletiu dentro de campo e os resultados tão almejados não foram alcançados. E é chegada a hora de encerrar esse ciclo.
Dentro ou fora de campo por trás de cada profissional existe um ser humano com uma trajetória de vida que deve ser respeitada. Respeito é uma premissa que não pode ser esquecida.
Ofensa, difamação, não fazem parte da minha formação.
Do berço que vim diálogo franco e respeito às pessoas são inegociáveis, são pilares do meu caráter.
E mesmo diante de um cenário tão distópico continuo acreditando que decisões gerenciais não podem ser influenciadas apenas pela paixão e pelo clamor das redes sociais.
Quero aproveitar esse momento e falar para a grande torcida do CSA, àqueles que depositaram sua confiança em nosso trabalho, especialmente àqueles que voltaram a acreditar na melhora do desempenho do clube após o anúncio da minha chegada.
Peço desculpas a cada um de vocês por não ter conseguido trazer as vitórias e as alegrias de volta. As apresentações em campo não foram condizentes com o apoio irrestrito e a esperança que vocês depositaram em nós.