Conselho Federal cassa registro de médico de Alagoas

Adriano Antônio da Silva Pedrosa foi condenado por estuprar pacientes em Alagoas, em consultas em posto de saúde
Médico condenado por abusar pacientes tem o registro profissional cassado pelo Conselho Federal de Medicina. (Foto: reprodução / TV Gazeta)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) cassou o registro profissional do médico Adriano Antônio da Silva Pedrosa, condenado por estuprar pacientes em um posto de saúde no Povoado Marceneiro, na cidade de Passo de Camaragibe, litoral norte do Estado.

A decisão foi tomada no início do mês e acompanha a sanção imposta pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas (CRM-AL).

Adriano Pedrosa estava afastado das funções médicas desde 2019, quando foi condenado a mais de nove anos de prisão por abusar sexualmente de paciente que atendia.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPE) por três casos ocorridos em 2014, 2018 e 2019.

De acordo com os relatos das vítimas, elas eram despidas durante a consulta, mesmo sem apresentarem queixas ginecológicas.

Nesse momento, o médico colocava as luvas e tocava as vítimas na vagina e, às vezes, nos seios.

“O crime praticado por ele tinha sempre o mesmo modo de agir: a vítima era despida dentro da unidade de saúde, mesmo não tendo procurado socorro para reclamar de quaisquer problemas ginecológicos e, após vestir uma luva em suas mãos, o médico molestava as pacientes sob o pretexto de investigar se elas estavam ou não com alguma doença nos órgãos genitais”.

“Na verdade, essa era apenas uma desculpa usada por ele para praticar o abuso”, comentou o promotor Ary Lages na época das condenações.

Mesmo afastado das funções, Adriano Pereira voltou a integrar o quadro de professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em 2022.

À época, a Universidade informou que cumpria uma decisão judicial.

Pedrosa ainda responde a um processo administrativo na Ufal que apura denúncia de que ele teria abusado de uma adolescente durante uma consulta no Hospital Universitário, em Maceió.

G1 Alagoas — G1 / AL e TV Gazeta

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