Comissão do Senado aprova, em segunda votação, ampliação de cotas

Vagas específicas são para pessoas pretas e pardas em concursos públicos; texto segue para a Câmara
Projeto de lei apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e relatado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) seguirá para a Câmara. (Foto: reprodução: Edilson Rodrigues / Agência Senado)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou em turno suplementar de votação, nesta quarta-feira (08), por 17 votos a 8, a proposta de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) que amplia de 20% para 30% a reserva de vagas para pessoas pretas e pardas, indígenas e quilombolas em concursos públicos federais.

O projeto também prevê a prorrogação dessa política de cotas pelo período de dez anos.

O relatório favorável à proposta e apresentado pelo senador Humberto Costa (PT–PE) foi aprovado em uma primeira votação no último 24 de abril por 16 votos a 10.

O texto não precisará ser submetido ao plenário do Senado Federal, porque tramitava em caráter terminativo; significa que ele seguirá diretamente para análise dos parlamentares na Câmara dos Deputados.

A política de cotas para concursos públicos começou a ser praticada em 2014 e seria encerrada no próximo mês.

Além disso, hoje, a lei publicada há dez anos previa a reserva de 20% das vagas para a população negra — incluindo, portanto, pretos e pardos.

A proposta de lei apresentada por Paim e relatada por Humberto Costa prorroga a política até 2034, amplia as cotas para 30% e inclui ainda indígenas e quilombolas no grupo contemplado.

O projeto encontrou resistência entre os senadores da oposição, que se manifestaram contrários a ela nos dois turnos de votação.

Eles argumentam que as cotas deveriam ser apenas sociais e dedicadas à população de baixa renda.

Lara Alves

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