Com novembro, 2023 tem o 6º mês consecutivo a quebrar um recorde histórico de calor, diz observatório

Informação foi divulgada por pesquisadores do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia
Avião decola do Aeroporto Internacional Sky Harbor (em Phoenix, EUA), na tarde de 12 de julho de 2023 – por causa de altas temperaturas consecutivas, ano será o mais quente já registrado. (Foto: reprodução/AP Foto/Matt York)

Novembro de 2023 marcou o sexto mês consecutivo de recordes de calor na Terra, anunciaram cientistas do observatório europeu Copernicus nesta quarta-feira (6).

Desde junho, estamos registrando um mês mais quente a cada novo período. E por causa disso, os cientistas do observatório europeu já confirmam que este ano quebrará recordes, sendo o mais quente da história, conforme vinham alertando há alguns meses.

As extraordinárias temperaturas globais de novembro, incluindo dois dias mais quentes do que 2ºC acima do período pré-industrial, significam que 2023 é o ano mais quente já registrado na história.

Ainda de acordo com o observatório, novembro de 2023 foi o novembro mais quente já registrado globalmente porque teve uma temperatura média do ar de superfície de 14,22°C, 0,85°C acima da média de novembro de 1991-2020 e 0,32°C acima do novembro mais quente anterior, em 2020.

Além disso, a temperatura média para o período de janeiro a novembro foi 0,13°C mais alta do que a média para o mesmo período em 2016, atualmente o ano mais quente registrado.

Lista de recordes

A marca de temperatura de novembro se soma à lista de recordes globais de calor deste ano:

Primeiro, o planeta registra o mês de junho mais quente da história.

Depois, a marca foi sendo quebrada a cada novo mês: julho, agosto, setembro, outubro e agora novembro.

Além disso, o número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo, muito antes do final do ano.

E para piorar, pela 1ª vez, o mundo registrou um dia com a temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial.

Fora tudo isso, julho foi tão quente que pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, enquanto as temperaturas médias de setembro quebraram o recorde anterior em 0,5°C.

Roberto Peixoto/G1

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