O número de casos de dengue teve crescimento de mais de 53%.
Os dados são da Secretaria de Estado Saúde (Sesa) e se referem às notificações, ou seja, de casos que ainda vão passar por exames para confirmação.
Conforme dados divulgados pela Sesau nesta segunda-feira (11), em 2024 o número de casos voltou a subir, diferente do que ocorreu no ano passado.
Até o início desta semana, foram notificados 1.555 casos da doença.
No mesmo período, no ano passado, o número foi de 1.010 casos.
O crescimento motivou reunião do Núcleo Técnico de Emergência para a Dengue, para apresentar as estatísticas e reafirmar as estratégias de combate.
Conforme representantes das Vigilâncias em Saúde e Controle das Doenças Transmissíveis, a principal forma de conter a doença é combatendo os focos do mosquito Aedes aegypt, o agente transmissor.
O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, aproveitou, mais uma vez, para conclamar os alagoanos a se unirem contra a dengue.
“A população só precisa dedicar 10 minutos por semana para se proteger, eliminando os criadouros do Aedes aegypti”, disse.
“Para isso, cada alagoano tem que se transformar em um agente de endemias e fazer a busca ativa em sua residência, pois estudos apontam que cerca de 75% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas”, voltou a frisar o gestor.
O secretário Executivo de Vigilância em Saúde, médico Marcos Holanda, enfatizou, também, a necessidade de que a população previna os focos do mosquito Aedes aegypt, como forma de controlar a dengue no Estado.
“Nos reunimos com os membros da equipe técnica para discutir nossas estratégias, diante do aumento já evidenciado em relação à dengue”, disse.
“Queremos fazer esse chamamento à população, mais uma vez, para se prevenir contra a doença, evitando água acumulada, seja em calhas, garrafas e pneus”.
“Estamos juntos para diminuir as dificuldades que venham a acontecer. Planejamento de medicações, tratamento, leitos para caso de haver a necessidade”, disse.
A enfermeira da Vigilância Epidemiológica das Arboviroses, Naara Nascimento, destacou que uma série de capacitações voltadas para os profissionais de saúde que atuam na assistência foram programadas.
“Nossas reuniões são pensadas para traçar estratégias para o controle e combate da doença no Estado, oferecendo todo um suporte aos municípios. A situação tem se desenhado para um momento um pouco mais complicado. Sabemos que circulam os sorotipos virais um e dois, com predominância do um, e estamos em alerta para caso esses números aumentem de forma mais expressiva”, disse Naara.
Ainda neste mês serão feitas reuniões, de forma online, voltadas para profissionais médicos, enfermeiros e coordenadores de Vigilância da Atenção Primária.
Também haverá um momento voltado para profissionais da Média e Alta Complexidade, conforme informou a enfermeira da Vigilância Epidemiológica das Arboviroses.
“No momento nos encontramos um pouco de preocupação em relação à situação epidemiológica em Alagoas”, disse.
Segundo a representante do corpo de autoridades de saúde, com os números verificados nesse período, o estado excedeu “o limite que esperávamos para esse período”, relatou.
Josenildo Torres; repórter: Suely Melo