Casos confirmados de dengue reduzem em quase 90% em Alagoas

Mesmo assim, autoridades de saúde reforçam importância de manter ações preventivas – pelo poder público e pela população
Vistoria de equipes de saúde em espaço de armazenamento de água, à procura de larvas do mosquito, para aplicação de produtos e evitar a proliferação: enfrentamento à doença é um desafio constante em todo o território nacional, dizem autoridades – e engajamento da população é crucial. (Foto: reprodução / Carla Cleto)

Os casos confirmados de dengue em Alagoas reduziram em quase 90% de um ano para outro.

Os dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informam que de janeiro a dezembro de 2022 foram registrados 33.609 casos da doença no estado e neste ano, no mesmo período, 4.287.

Os casos de mortes por dengue também apresentaram uma queda.

Em 2022 no período de janeiro a dezembro foram registradas 21 mortes e no mesmo período de 2023, o número caiu para quatro.

Mas, mesmo com a redução no número de casos e óbitos, a Sesau orienta a população sobre a importância de ações preventivas para conter a proliferação da dengue, disseminada pelo mosquito Aedes aegypti.

Os dados da Sesau mostram que ao comparar os anos de 2022 e 2023, percebe-se uma redução no número de casos, já que em 2022 o Estado apresentou uma epidemia e em 2023 a doença manteve-se endêmica no território, apresentando menor número de casos.

As ações desenvolvidas contaram com monitoramento do número de casos no território, capacitação de manejo clínico para médicos e enfermeiros atuantes nos serviços de saúde e suporte técnico aos municípios, atualizações dos agentes de endemias frente aos trabalhos de campo, que inclui junto aos agentes comunitários de saúde o trabalho educativo, bem como a remoção manual de focos de Aedes aegypti. Soma-se a isso, os esforços para diagnóstico laboratorial pelo Laboratório Central de Saúde Pública.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destacou o quanto o enfrentamento à doença é um desafio constante em todo o território nacional.

“A população precisa estar atenta independentemente do período de sazonalidade do vírus, uma vez que a dengue é endêmica em Alagoas devido ao clima tropical, propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti”, pontuou o gestor.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a dengue é a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil.

Sendo uma doença febril, ela tem se mostrado de grande importância na saúde pública nos últimos anos.

O vírus dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada de fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).

Ainda segundo o Ministério da Saúde, todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.

Os principais sintomas da dengue são febre alta; dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça; e manchas vermelhas no corpo. No entanto, a infecção pela doença também pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade.

Maria Suely Arruda; repórter: Suely Melo

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