Uma mulher de 32 anos deu à luz trigêmeas idênticas em um hospital público nos arredores de Buenos Aires, a capital da Argentina.
Nascidas em 5 de agosto, após 30 semanas de gestação, as três meninas ficaram dois meses no hospital ganhando peso até receberem alta.
Na última quinta-feira (22), a mãe das bebês, Melany Basualdo, deu uma entrevista ao canal Telenoche da televisão argentina.
“Foi um trabalho de parto complicado, claro, mas, no final, deu tudo certo e agora estou com as meninas em casa. Elas estão se comportando muito bem”, afirmou ela.
Casos de trigêmeos idênticos concebidos naturalmente são extremamente raros.
O médico especialista em fertilidade Fernando Neuspiller afirmou à imprensa argentina que as chances de que isso ocorra são de uma gravidez a cada 150 ou 200 milhões de gestações.
Para se ter uma ideia, a chance de ganhar na Mega Sena, a loteria mais famosa do Brasil, é de aproximadamente 1 em 50 milhões.
“Elas agora estão completando seis meses”, contou a mãe, durante a entrevista”.
“Troco em média 15 fraldas por dia e rezo para que não fiquem doentes porque aí todas ficam chorando juntas”.
As trigêmeas Emily, Aymara e Damaris não foram concebidas por fertilização in vitro (FiV), método que costuma levar à gravidez múltipla.
As bebês nasceram com uma média de 1,4 kg e agora já estão com o peso regular para a idade, cerca de 5 kg.
Ao nascer, elas tiveram de passar por um suporte de oxigênio e foram alimentadas por sonda.
Por que trigêmeas naturais são tão raras?
O nascimento de gêmeos ocorre em cerca de 1% dos casos de gestação, mas a de trigêmeos é ainda mais rara, tem cerca de 0,04% de incidência, o que diminui ainda mais quando se consideram casos de concepção natural e de gêmeos idênticos.
“Neste tipo de gestação, o embrião, dentro da mesma placenta, se divide em três, cada um com seu saco gestacional, o que faz com que todos tenham o mesmo material genético”, explica Neuspiller.
“s riscos de complicações em partos de trigêmeos são 10 vezes maiores que os de um parto normal, especialmente se os fetos dividirem artérias, o que leva uns a receberem mais oxigênio que os outros”, explicou.
Bruno Bucis