Caso Americanas: ex-diretora que está foragida vai se entregar

Anna Saicali deve chegar ao Brasil neste domingo (30); justiça determinou a volta da executiva, mas ela não ficará presa
Anna Saicali: ela não ficará presa nem passará por audiência de custódia, mas, segundo a Justiça, não poderá deixar o país enquanto as investigações sobre as fraudes bilionárias no balanço da varejista estiverem em curso. (Foto: reprodução)

A ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicali vai se entregar à Polícia Federal (PF) neste domingo (30), no Rio de Janeiro.

Há duas semanas, mais exatamente no dia 15 de junho, a executiva viajou para Portugal e, dias depois, foi incluída na lista de foragidos internacionais da Interpol.

Anna Christina foi um dos alvos da Operação Disclosure, deflagrada nessa quinta-feira (27), que investiga fraudes de executivos da Americanas.

A Justiça expediu mandado de prisão contra ela.

Porém, Anna Christina estava fora do país e, por isso, passou a ser considerada foragida.

A defesa da executiva pediu à Justiça Federal a reconsideração da prisão preventiva nessa sexta-feira (28), afirmando que ela se compromete a retornar ao país e já tem passagens emitidas.

O juiz Marcio Muniz da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, determinou então que a ex-diretora deverá se apresentar às autoridades portuguesas no aeroporto de Lisboa na noite deste sábado (29) e entregar o passaporte à PF assim que chegar ao Brasil.

Ela não ficará presa nem passará por audiência de custódia, mas, segundo a Justiça, não poderá deixar o país enquanto as investigações sobre as fraudes bilionárias no balanço da varejista estiverem em curso.

A informação foi revelada pela colunista Malu Gaspar, de O Globo, e confirmada pelo Metrópoles.

Miguel Gutierrez, ex-CEO da varejista, também alvo da operação da PF, foi preso em Madri na sexta-feira (28).

Fraude na Americanas

O pedido de prisão dos dois executivos foi feito pela PF como parte das investigações sobre a eventual participação de ex-executivos da empresa na fraude de R$ 25,2 bilhões da Americanas.

De acordo com a PF, a cúpula da empresa não “media esforços para enganar o mercado financeiro” por meio de fraudes contábeis que escondiam os resultados negativos da varejista e garantiam lucros aos seus diretores.

Flávia Said, Mirelle Pinheiro — citando O Globo

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